O presente artigo é o resultado de pesquisas bibliográficas e de observação de campo realizada durante as manifestações em favor do impedimento de Dilma Rousseff. A finalidade deste artigo é compreender a formação de um movimento social de direita no Brasil, analisando os processos e as mudanças estruturais que impulsionaram a atuação do que veio a ser denominado como “nova direita”. Para tal, utilizaremos os conceitos de repertório e performance de Charles Tilly. Entendemos que o que caracteriza esta nova direita hoje é a inovação em sua ação política, passando a assimilar novas táticas ao seu repertório patriota, como protestos de rua. Estudaremos especificamente o Movimento Brasil Livre (MBL), grupo que se destacou durante os protestos pró-impeachment, investigando sua atuação entre 2013 a 2016, resgatando o cenário em qual surgiu e se fortaleceu.
O presente artigo tem como intuito realizar uma análise crítica da noção de meritocracia. No espaço disponível, pretende-se apontar para os limites de entender a meritocracia ora como um valor intrínseco ao capitalismo e a democracia, ora restrita ao momento ideológico. Nesse sentido, buscaremos relacionar a forma social da meritocracia com os processos de subordinação do trabalho pelo capital, cuja finalidade estaria na necessidade da valorização do valor. Defende-se que, por englobar diferentes momentos da vida social, a meritocracia deve ser apreendida como um modo de vida na medida em que, em seu percurso histórico e social, tem incidido sobre a reprodução social dos trabalhadores e as relações sociais de produção, cuja finalidade estaria na radicalização dos processos de exploração e dominação do capital sobre o trabalho, tendo na atual noção de empreendedorismo uma de suas formas de representação social.
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