RESUMOJustificativa: A depressão perinatal constitui-se como importante causa de morbidade gestacional, com consequências significativas para a gestante, para o bebê e com grande impacto para a saúde pública. Conhecer o perfil das gestantes e como a determinação social do processo de adoecimento age associado à dado perfil epidemiológico pode servir ao desenvolvimento de melhores estratégias de políticas públicas para gestantes e puérperas brasileiras. Objetivos: O presente trabalho visa descrever uma amostragem de 573 gestantes atendidas pelo serviço de pré-natal do ambulatório Jenny de Andrade Faria e captadas pelo grupo de pesquisa em depressão perinatal do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Medicina Molecular (INCT-MM), baseado no serviço de psiquiatria do Ambulatório Borges da Costa (HC/UFMG). Métodos: Revisão de literatura, através de pesquisa bibliográfica nas bases de dados Cochrane, Medline e Biblioteca Virtual em Saúde, para comparação do predomínio do perfil de gestantes com sintomatologia ou diagnóstico de depressão perinatal descritos no Brasil com a análise de dados das 573 gestantes do INCT-MM. Resultados: A descrição do perfil epidemiológica das gestantes analisadas reflete uma coorte específica do território de Belo Horizonte e Região Metropolitana, bem como de dependentes, parcialmente ou integralmente, do controle pré-natal realizado pelo Sistema Único de Saúde. Existe o predomínio de mulheres multíparas, negras, com média de 10,32 anos de estudos, com prevalência de 25,13% de ocorrências anteriores de transtorno mental e sendo 69,39% da amostra de gravidez de alto risco e 60,29% pertencendo à classe C, D ou E. Conclusões: Destaca-se a variação do rastreio positivo para a depressão, através do EPDS, do segundo para o terceiro trimestre, sendo necessário novos estudos que examinem o fenômeno. Salienta-se a dificuldade do trabalho pela perda significativa de dados longitudinais da amostra por descontinuidade das voluntárias na pesquisa.
Alterações hormonais e psicossociais na gestação e maternidade podem estar associadas à manifestação do transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e de outros transtornos mentais. Estes podem trazer consequências não apenas na relação materno fetal, mas no que diz respeito ao neurodesenvolvimento infantil, caso não tratados ou subdiagnosticados durante a gravidez. Assim, o presente trabalho se justifica frente ao propósito de agregar à literatura um estudo original baseado nessas correlações. OBJETIVO Verificar a prevalência de TOC em voluntárias de projeto de pesquisa em depressão pós-parto (DPP), além de verificar a associação comórbida entre TOC e DPP. MÉTODOS Revisão de literatura nas plataformas "PubMed", "Scielo" e "SCOPUS". Descritores utilizados: "Depression", "Obsessive-Compulsive Disorder" e "Puerperium". Realização de busca no banco de dados do projeto "Avaliação longitudinal de preditores moleculares neuropsicológicos de personalidade e sociais para depressão pós-parto", desenvolvido no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG). RESULTADOS: Foram analisadas mulheres com rastreio positivo para TOC no 2º ou 3º trimestres de gestação. Mais da metade delas apresentou associação comórbida com depressão. No pós-parto, evidenciou-se que quase um terço apresentou sintomas obsessivos-compulsivos, muitas delas também com diagnóstico coexistente de depressão. CONCLUSÕES: Os achados do estudo sugerem que o período gestacional possa estar relacionado ao aumento da incidência de TOC nas mulheres, bem como sua sobreposição clínica com quadros depressivos. Além disso, foi evidenciada a alta prevalência do quadro também no puerpério.
COVID-19 pandemic seems to be associated with increased incidence in mental health disorders in pregnant women. Cross-sectional studies identified control measures, social isolation and recurrent fear of COVID-19 infection may rise risk of depression and suicidality in this specific population. Considering the consequences of the pandemic to health systems, such as saturation and the removal of health professionals, it is crucial to discuss and develop new strategies to maintain antenatal and psychiatric follow-ups to help prevent and treat impairments; teleconsultations may be an alternative to keep contact with these patients. Also, in anticipation of COVID-19 fourth wave (which includes increasing psychiatric disorders) it is important to strengthen mental health services to help absorb this demand.
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