Objetivo: descrever a mortalidade dos óbitos por lesões autoprovocadas intencionalmente no Espírito Santo, Brasil.Materiais e métodos: estudo epidemiológico, baseado em dados secundários sobre a tendência dos suicídios ocorridos no Espírito Santo no período de 2012 a 2016.Resultados: a análise de tendência indicou crescimento da taxa de mortalidade por suicídio ao longo do período de 2012 a 2016 (R2 = 0,9307; p < 0,001). A maioria das vítimas foram homens (73,5 %), pardos (47,9 %), adultos (81,4 %)que morreram por enforcamento, seguido de envenenamento e arma de fogo. O enforcamento foi mais prevalente entre os homens (P = 63; p < 0,001); entre as mulheres, o envenenamento (P = 20,8 %; p < 0,001) e a precipitação de lugar elevado (P = 14 %; p < 0,001).Conclusão: o aumento na mortalidade por suicídio entre a população estudada vem acompanhando a tendência de crescimento no Brasil e no mundo. Acredita-se que este estudo se constitui como mais um recurso de acesso à informação sobre o suicídio de modo a facilitar a tomada de decisão por parte dos órgãos competentes no enfrentamento dessa problemática bem como estimular e ampliar a discussão sobre o tema.
Introdução: Os adolescentes configuram em um grupo vulnerável e sujeito às inúmeras experiências de violência, podendo ocasionar em impactos negativos em sua vida e desenvolvimento. Objetivos: Verificar a frequência de violência psicológica e da negligência contra adolescentes no Espírito Santo, no período de 2011 a 2018, e, caracterizar as vítimas, o agressor e os eventos. Métodos: Estudo epidemiológico, descritivo realizado com dados notificados de violências contra adolescentes entre 10 e 19 anos, registrados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), entre os anos de 2011 e 2018 no Espírito Santo. A análise dos dados foi realizada pela estatística descritiva (frequência bruta e relativa) com intervalos de confiança de 95%. As análises bivariadas foram realizadas por meio do teste Qui-Quadrado de Pearson. Resultados: Foram analisados 386 casos notificados de violência psicológica (N= 144; P= 1,6%) e negligência (N= 242; P= 2,8%). Maior frequência de violência psicológica ocorreu na residência da vítima, por repetidas vezes, por um único agressor, adulto e do sexo masculino (p < 0,05). A negligência foi mais prevalente nos meninos, adolescentes com alguma deficiência/transtorno e entre 10 a 14 anos, e mais frequentemente perpetrada por alguém da família e do sexo feminino (p< 0,05). Conclusão: Os dados auferidos apontam para a invisibilização da violência no seio familiar e seu caráter de gênero marcante. A qualificação de profissionais que ofertam assistência é um ponto básico de transformação da naturalização da violência.
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