Introdução: A disfunção temporomandibular muscular requer uma abordagem multiprofissional para a consolidação de um tratamento integral. Objetivo: Relatar um caso onde se avaliou os efeitos de um protocolo de 8 semanas de exercícios de resistência muscular à fadiga controlado por biofeedback associado ao uso de dispositivo interoclusal no tratamento da disfunção temporomandibular muscular. Relato de Caso: Utilizou-se os critérios de diagnóstico para pesquisa em disfunção temporomandibular (RDC/TMD), escala visual analógica (EVA) e a avaliação eletromiográfica (EMG) para triagem e diagnóstico. Paciente do sexo feminino, 25 anos de idade, leucoderma, compareceu à clínica de prótese dentária queixando-se de dores na mandíbula ao acordar. Relatou o hábito noturno de ranger os dentes e sintomas como barulhos esporádicos no ouvido e dor na região cervical. Após diagnóstico de disfunção temporomandibular muscular, pelo RDC/TMD, empregou-se um tratamento fisioterapêutico baseado em exercícios de progressão semanal realizados duas vezes por semana, totalizando 16 sessões, incluindo as avaliações do tempo de fadiga e da dor percebida nas primeiras 24 horas e após 4 e 8 semanas decorridas do início do protocolo. Associadamente fez-se o uso noturno de um dispositivo interoclusal com intervalos de 7, 15, 30, 60 e 90 dias nas consultas de acompanhamento odontológico para reexame e ajustes oclusais do dispositivo. Ao final da terapêutica instituída, a paciente foi novamente submetida ao RDC/TMD, EVA e EMG. Resultados: Constatou-se redução significativa dos sintomas dolorosos quando comparados os valores obtidos nas avaliações pré e pós-tratamento, correspondendo a uma taxa de aproximadamente 89%. Conclusão: A associação das terapias odontológicas e fisioterapêuticas demonstraram efetividade na diminuição sintomática da dor, promovendo conforto ao paciente e maior amplitude de movimento da articulação temporomandibular.
O escaneamento digital intraoral vem sendo amplamente empregado na odontologia como alternativa aos meios convencionais de moldagem, tornando-se relevante estudar o processo de obtenção de imagens para aperfeiçoá-lo. Com isso, o presente estudo, in vitro, objetivou analisar a acurácia e a precisão em protocolos de escaneamento digital intraoral em arcadas completas superior e inferior nas angulações de 90° e 120° do plano oclusal em relação ao solo. Para tanto, foi realizado inicialmente o escaneamento de um modelo odontológico por um scanner de laboratório, Ceramill Map400, para criação de um modelo referência de ambas arcadas. Posteriormente foram executados 10 protocolos de escaneamento digital intraoral, n= 10, a partir de um scanner digital intraoral: TRIOS 3, 3 SHAPE; em ambas arcadas do mesmo modelo citado anteriormente, mas agora montado em um simulador de paciente. Os arquivos obtidos de cada grupo de protocolo foram comparados através de sobreposição ao arquivo referência no software 3D Geomagic Design X, resultando em um valor do erro quadrático médio (RMS), tanto os da arcada inferior quanto os da arcada superior. A análise estatística foi realizada através do software Jamovi, com teste de regressão por modelos lineares com post hoc ajustado com Bonferroni, p valor de 0,05. Na arcada superior a angulação não mostrou influência sobre RMS. Apenas P1 mostrou diferença significativa em relação ao protocolo, com maiores valores de RMS. No tempo de escaneamento, P4 foi maior que P1, P2 e P3. Já P2, menor que P4 e P5. Na arcada inferior P1 em 120° mostrou RMS maior, em ambas inclinações. Já P2 em 120° revelou RMS maior em relação à P3, P4 e P5 em 90°; como também, ao de P3 em 120°. O P2 mostrou menores valores de tempo e P5, o maior número de imagens. Conclui-se que houve diferença de acurácia dos protocolos analisados em casos particulares e que angulação do plano oclusal só interferiu o RMS da arcada inferior. Além disso, não houve diferença de precisão entre os protocolos, em ambas arcadas.
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