Objetivo: Conhecer como se apresentou a infecção humana pelo SARS-CoV-2 em profissionais da linha de frente de um hospital público durante a pandemia pelo COVID-19. Métodos: Estudo quantitativo, transversal com participação de profissionais das áreas assistenciais em um hospital de referência no atendimento à COVID-19. Resultados: Dos 198 profissionais que participaram, maioria era do sexo feminino entre 30 a 39 anos. Entre as categorias tiveram técnicos de enfermagem (26,8%), enfermeiros (20,7%) e médicos (13,1%). Todos receberam algum equipamento de proteção individual (EPI), contudo 20,7% não promovia proteção necessária. 72,2% recebeu treinamento sobre medidas de proteção, mas 67,7% relatou ser insuficiente. 71,1% dos profissionais foram sintomáticos para COVID-19, com relato de cefaléia, mialgia e febre. Os testes realizados apresentaram positividade para TR (67%), RT-PCR (72,7%) e Sorológicos (78,6%). O tratamento adotado pelos sintomáticos foi antitérmicos e analgésicos (61,3%), antibioticoterapia (59,2%), corticoides (26,1%), Ivermectina (21,1%) e Cloroquina ou hidroxicloroquina (15,5%). Conclusão: A pandemia pelo COVID-19 impõe grandes prejuízos aos serviços de saúde, com exposição dos profissionais ao adoecimento e a falta de oferta do equipamento de proteção individual.