O presente trabalho investiga a crítica de Rorty à teoria do conhecimento como essência especular. Considerando a ideia presente na tradição filosófica de que o conhecimento verdadeiro é aquele que representa fidedignamente a realidade, Rorty se insurge contra esta posição, argumentado que, o pensamento representacionista se ergueu a partir da crença de que é possível construir descrições do mundo que espelhem sua própria natureza, ou seja, descrições que representem de maneira fidedigna realidade, que é objeto do conhecimento e do mundo, tal como ela é em si mesma, no qual a filosofia criou uma teoria do conhecimento como essência especular. Desse modo, o trabalho direciona-se para a seguinte questão: de que forma, a teoria do conhecimento como essência especular ocasionou peseudosproblemas para a filosofia antirrepresentacionista de Richard Rorty? Sendo assim, este trabalho tentará encontrar uma resposta ou um direcionamento para a resolução desse problema.
O presente artigo analisa a epistemologia realista e naturalista de John Dewey, discutindo sua contribuição para a epistemologia contemporânea. O ponto de partida da investigação consiste em articular os conceitos experiência e natureza da epistemologia de John Dewey às teorias de base naturalistas. Ao final pretendemos revelar que o realismo de Dewey por se caracterizar como naturalista traz contribuições importantes para a epistemologia atual quando se coloca numa vertente contrária ao objetivismo, mas sem prescindir da ciência. Ao se opor a epistemologia clássica Dewey não pretende apartar-se totalmente dessa área da filosofia, mas postular um novo modelo teórico em que o conhecimento possa ser compreendido como mediado por relações naturais, causais, cognitivas e culturais. Revelaremos que esta perspectiva antecipa-se às vertentes contemporâneas do conhecimento cuja explicação passa pela noção de complexidade e holismo.
O objetivo deste trabalho consiste em compreender o termo filosófico “ironista liberal” criado por Rorty que caracteriza a figura do pensador contemporâneo, imerso no mundo das redescrições. Pretende-se compreender neste artigo como Rorty descreve o teórico ironista. Sabe-se que ele usa um tipo particular de ironista. O filósofo ironista tem o papel de subverter os cânones da tradição platônica e kantiana, por isso, a teoria ironista tem também uma função terapêutica, isto é, compreender a força da narrativa metafísica cujo desejo é teorizar para que a filosofia possa se livrar totalmente desta tradição. A solução que Rorty apresenta para se opor a filosofia fundacionista e à filosofia do especialista tem no ironista liberal um ponto de apoio. Após a publicação de A Filosofia e o Espelho da Natureza (1979) Rorty se dedicou ao trabalho de redescrição do filósofo e apresentou a figura do ‘ironista liberal’. Nessa redescrição o ironista liberal é aquele que entende que suas crenças e desejos mais centrais são contingenciais, rejeita o modelo de uma ordem dada para além do tempo e da mudança e não compreende a linguagem como "representação da realidade", mas enquanto vários jogos linguisticos. Esta guinada em direção a uma filosofia social, nos termos deweyanos, contém um forte apelo ético e humanista.
O presente artigo é uma crítica à interpretação rortyana de Dewey. Nosso propósito é argumentar que as hipóteses de Rorty sobre o pragmatismo deweyano não podem ser confirmadas. Existem diferenças significativas entre a filosofia de Dewey e o neopragmatismo de Rorty. Nesse sentido, faremos objeções a alguns conceitos que aparecem na apropriação rortyana da filosofia de Dewey, a saber, a ideia do fim da filosofia, o relativismo expresso em sua crítica à ciência e a teoria conversacionalista como substituta da epistemologia. Argumentaremos, especialmente, contra a proposta de Rorty, em que o conceito de linguagem tomaria o lugar do conceito de experiência na obra de Dewey. Assim, apresentaremos a metafísica empírica de Dewey em toda a sua especificidade, mostrando a inadequação da interpretação rortyana, condição que nos ajudará a confirmar o caráter não-rortyano da filosofia de Dewey.Abstract : This article is a critique of Rorty interpretation of Dewey. Our purpose is to argue that the hipoteses of Rorty about Dewey's pragmatism can not be confirmed. There are significant differences between the philosophy of Dewey and Rorty's neo-pragmatism. Accordingly, we will object to some concepts that appear in the appropriation of Dewey Rorty's philosophy, namely, the idea of the end of philosophy, relativism expressed in his criticism of the science and theory of epistemology conversacionalista as a substitute. Argue, especially against the proposed Rorty, in which the concept of language would replace the concept of experience in the work of Dewey. Thus, we present empirical metaphysics Dewey in all its specificity, showing the inadequacy of interpretation Rorty, a condition that will help us to confirm a character non-Rorty's philosophy of Dewey. Keywords: Dewey, Rorty, pragmatism, experience, metaphysics
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