Resumo O objetivo do presente estudo foi verificar se os padrões psicométricos da Escala de percepção, por professores, dos comportamentos agressivos de crianças na escola (EPPCACE) evidenciavam sua validade interna. No Estudo 1 (n = 210), foi realizada a adaptação do instrumento e executada uma análise fatorial exploratória. No Estudo 2 (n = 203), efetuou-se uma análise fatorial confirmatória. Participaram professores do ensino fundamental de escolas públicas e particulares. Esses responderam à EPPCACE e a perguntas sociodemográficas. Os resultados indicaram que o instrumento é composto por três fatores: Agressividade direcionada ao âmbito geral (α = 0,95), Comportamentos pró-sociais (α = 0,90) e Agressividade direcionada aos professores (α = 0,90). Conclui-se que a EPPCACE é válida e fidedigna, podendo auxiliar na avaliação do contexto escolar a partir da percepção do professor acerca do comportamento agressivo dos alunos.
A língua de sinais surge da visualidade do povo surdo. Essa língua tem como a base a experiência visual que desenvolve e cria um lugar para o sujeito na cultura surda, dentro da comunidade surda reunida pela aquisição da Libras (Língua Brasileira de Sinais). É uma língua que, embora muitos ainda acreditem ou defendam que seja ágrafa, possui modalidade sinalizada e escrita. A necessidade da escrita de sinais na comunidade surda é um elemento do desenvolvimento humano importante e demonstra uma evolução da Língua e da cultura linguística desse povo. Segundo Nobre (2011), o Brasil passou por uma significativa evolução no que tange à concepção sobre o sujeito surdo e sua língua. Como dispositivo legal, que garante a veracidade dessa afirmação, há a Lei de Libras nº 10.436/02 (BRASIL, 2002) regulamentada pelo Decreto nº 5.626/05 (BRASIL, 2005). Esta declara a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como língua oficial das comunidades surdas do Brasil.
Sendo a língua de sinais uma manifestação cultural e identitário do surdo e possuindo ela a modalidade sinalizada e escrita, essa última modalidade no sistema signwriting. A escrita é um importante instrumento de empoderamento e desenvolvimento cognitivo e linguístico do surdo. Assim, defendemos que sua alfabetização deva ser realizada em sua escrita de sinais por ser sua primeira língua, assegurando-lhe a aquisição linguística como um período significativo, sem rupturas ou adaptações de uma língua (visualespacial) para outra (oral), com a qual ele não possui identificação. O objetivo geral desse trabalho foi verificar a aprendizagem da escrita de sinais pelo surdo. A pesquisa de natureza qualitativa, de caráter exploratório e delineamento de estudo de caso. O campo de pesquisa foi uma escola pública estadual e os participantes foram 6 sujeitos surdos. Analisou-se os dados por meio da técnica da migrogenética. Os dados indicaram que o surdo aprende com facilidade a escrita de sinais e que esses sujeitos se identificam com essa escrita por ser visoespacial.
(ASEL) -Profa. Edneia, temos um grande prazer em entrevistá-la neste momento. A Senhora é uma das pioneiras na nossa Universidade sobre a inserção dos estudos surdos quando fez concurso para lecionar Libras no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas do CCHLA. Sabemos que tem uma larga experiência sobre o assunto.Poderia nos falar um pouco sobre a sua trajetória acadêmica-profissional (ASEL) -Sabemos que a Libras (Língua Brasileira de Sinais) é a língua de comunicação do surdo e que ela ganhou visibilidade e legitimidade a partir da lei 10.436/02. Como tem sido sua experiência sobre este aspecto (Profa. Edneia) -A minha relação com a Libras se inicia com a comunicação em sinais caseiros com surdos: minha irmã e depois minha prima. Em nossa infância, éramos proibidas de nos comunicarmos em gestos por orientação da escola cuja
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