O Programa Saúde na Escola está presente em muitos municípios brasileiros, com expressivo protagonismo dos profissionais de saúde. Assim, o objetivo desta pesquisa é analisar o Programa Saúde na Escola sob o olhar dos professores, especialmente os de ciências naturais, quanto às parcerias estabelecidas entre escolas e unidades de saúde, buscando identificar o lugar da educação no planejamento, execução e avaliação das ações desenvolvidas. Um questionário foi aplicado para professores da DRE Pirituba/Jaraguá e analisados com o Discurso do Sujeito Coletivo. Ao todo, 251 professores participaram representando 66 escolas. Os resultados sugerem que o poder simbólico do jaleco branco está presente na parceria entre educação e saúde, que os professores não estão envolvidos no planejamento, execução e avaliação do Programa, que as ações apresentam relações diretas com conteúdos de ciências da natureza e que os docentes deveriam ter o protagonismo na parceria, em especial os de ciências da natureza.
O Programa Saúde na Escola é uma política interministerial dos Ministério da Saúde e da Educação com o objetivo de levar prevenção e promoção à saúde aos estudantes das escolas públicas brasileiras. Neste sentido este artigo tem como objetivo analisar o Programa Saúde na Escola sob o olhar dos gestores educacionais quanto às parcerias estabelecidas entre as unidades escolares e unidades de saúde, buscando identificar o lugar (ou não) da educação no planejamento, execução e avaliação das ações desenvolvidas. Participaram desta pesquisa 58 gestores escolares de uma Diretoria Regional de Educação da cidade de São Paulo, que preencheram um questionário online sobre o seu envolvimento e percepção quanto ao Programa Saúde na Escola. O questionário foi avaliado com base no Discurso do Sujeito Coletivo. Observou-se nos resultados que a percepção dos gestores para as relações intersetoriais entre educação e saúde são muito frágeis, cabendo ao setor saúde o planejamento, execução e avaliação das atividades, aos gestores. Cabe, às vezes, elaborar os cronogramas em conjunto com os profissionais de saúde e colaborar no apoio operacional para a realização das ações, resultando em um “não lugar” da educação nas práticas desenvolvidas no âmbito do Programa Saúde na Escola.
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