O preconceito e a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero são realidades enfrentadas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) na atenção à saúde. Visando reduzir as disparidades em saúde, a abordagem da competência cultural promove discussões sobre grupos populacionais com diferenças nas necessidades de cuidados de saúde, que resultem em iniquidades. Esta revisão integrativa da literatura objetivou analisar as produções científicas que abordam a competência cultural dos profissionais da saúde em relação à população LGBT. A pesquisa foi realizada nas bases de dados, PubMed, Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scopus, em agosto de 2016. Os descritores utilizados para a busca foram: “competência cultural”, “atenção à saúde” e “LGBT”. Foram identificadas 355 publicações científicas. Após a leitura dos títulos e resumos, 63 foram selecionados para a análise do texto completo, dos quais resultaram 43 estudos que foram analisados. Os achados indicaram a falta de discussão acadêmica sobre a temática nos currículos de formação das profissões da saúde. Demonstrando que a prática profissional tem sido marcada pelos padrões culturais heteronormativos, resultando em práticas de cuidado inadequadas e preconceituosas. Desta forma a construção de discussões baseadas em orientações publicadas por especialistas e organizações profissionais se mostra urgente. Havendo que se discutir as diferenças entre crenças e atitudes sociopolíticas, legais e culturais, visando combater estigmas e preconceitos geradores de barreiras ao acesso e à qualidade da atenção à saúde integral da população LGBT.
Introdução: A comunicação, verbal e não verbal, como um aspecto importante do comportamento humano e expressão de gênero. Sendo a voz um fator marcante na percepção de gênero, a não conformidade da voz com a expressão do mesmo, pode gerar sentimentos de inadequação, tendo um potencial impacto psicossocial sobre voz e comunicação na expressão de gênero de homens trans. Com o objetivo de analisar a percepção dos homens trans sobre expressão de gênero e interações sociais, influenciadas pela voz e comunicação. Método: Pesquisa qualitativa de base teórico filosófica na hermenêutica dialética, orientada pela noção de performatividade de gênero. Na qual foram realizadas entrevistas semiestruturadas por uma fonoaudióloga com 14 homens trans de várias regiões do Brasil com idades entre 18 e 42 anos. Resultados e Discussão: A análise das entrevistas possibilitou o surgimento de categorias analíticas relacionas à voz e comunicação nas interações sociais, envolvendo as relações entre voz, saúde e interações socais e o suporte de profissional da voz na saúde coletiva. As categorias foram interpretadas de maneira integrada ao contexto social e de saúde estudado. Conclusão: Compreender a perspectiva dos homens trans sobre voz e comunicação, possibilita o desenvolvimento de abordagens de cuidado culturalmente competentes, sem padrões normativos de gênero, com compreensão e respeito às individualidades e variadas maneiras de expressão de gênero. Em especial para a saúde coletiva buscando equidade e integralidade em saúde, oferecendo subsídios para que a fonoaudiologia possa contribuir para a autoestima e saúde dos homens trans.
Propõe-se o diálogo sobre a implementação da lente da equidade nos cursos de graduação de uma universidade pública brasileira, a partir da análise documental das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e revisão de literatura utilizando descritores de língua portuguesa, inglesa e espanhola. Será também objeto de estudo a apresentação das políticas nacionais de equidade e de formação em saúde que têm contribuído com o debate da equidade na saúde. A revisão da literatura evidenciou a incipiência de publicação na temática, predominando estudos sobre a inclusão e/ou inserção de determinados grupos populacionais no ensino superior. Identificou-se que a lente da equidade está presente nas DCN de alguns cursos e existem experiências que estão favorecendo a formação. Recomenda-se uma maior defesa da formação em equidade nas instituições de ensino superior no contexto de revisão das DCN a partir da articulação da sociedade civil e de movimentos populares.
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