Introdução: A urgência, no âmbito da saúde, caracteriza-se pela ocorrência inesperada de um problema de saúde, com ou sem possibilidade de morte, o qual requer atenção médica imediata e, por vezes, resulta na internação do paciente. No Brasil, os atendimentos de caráter de urgência resultaram na principal causa de internação em 2021, representando 83,4% do total delas e, por conseguinte, trata-se de um assunto de suma relevância médica. Objetivo: Descrever o quantitativo das principais causas de internações hospitalares de caráter de Urgência no Brasil no ano de 2021, conforme os capítulos da 10°Edição da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde -CID-10. Metodologia: Estudo transversal, descritivo e com abordagem quantitativa, realizado a partir da coleta de dados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) vinculado ao DATASUS. Foram selecionados os dados referentes às internações de caráter de urgência ocorridas no Brasil no período de 2021, classificadas conforme a CID-10. Resultados: Constatou-se, a partir dos dados coletados no SIH-SUS, que o número total de internações hospitalares de caráter de urgência em 2021 no Brasil foi 9.573.784. Dentre elas, as principais causas são: gravidez, parto e puerpério (23,4%); algumas doenças infecciosas e parasitárias (17,5%); lesões, envenenamento e algumas outras consequências de causas externas (10,9%); doenças do aparelho circulatório (9,0%); doenças do aparelho respiratório (7,4%). Entrementes, os motivos menos frequentes foram: doenças do ouvido e da apófise mastóide (0,08%) e doenças do olho e anexos (0,2%).Conclusão: Dessa forma, os resultados refletem, que dentre as 9.573.784 internações em urgência no Brasil em 2021, as duas causas mais frequentes, sozinhas, totalizaram 37,9% do total -gravidez, parto, puerpério, algumas doenças infecciosas e parasitárias. Todavia, ainda se faz necessário a realização de novos estudos a respeito dessa temática devido a sua pertinência na área da saúde.