As fraturas de terceira falange são comuns em equinos, devendo ser considerada como um dos diferenciais no diagnóstico de dor associada à extremidade distal nos membros de equinos, estando normalmente associada ao trauma. O cavalo geralmente demonstra dor de início agudo e claudicação moderada a severa. O casco e a região da falange distal se mostram quentes ao toque e o pulso das artérias digitais se torna intenso. O diagnóstico pode ser confirmado por meio de exame radiográfico. No presente trabalho foram utilizados seis casos de fratura de terceira falange que foram tratados exclusivamente com ferradura ortopédica. Esta consistia de quatro clipes laterais soldados no exterior dos ramos da ferradura, próximos à junção dos quartos e talões, associados a uma barra no meio da sola. O espaço da sola foi preenchido com massa epóxi. Todas estas medidas visaram a evitar a expansão da parede do casco, ou o afundamento da sola. O ferrageamento foi revisado a cada 40 dias e os animais permaneceram soltos em piquetes, para permitir exercício voluntário, contrariando a bibliografi a, que indicam repouso em baias fechadas. Houve cura clínica em todos os casos, com retorno a função após cinco meses. O método de imobilização associado com exercícios espontâneos em piquete mostrou-se um método simples, eficaz e de baixo custo no tratamento das fraturas de terceira falange, com retorno das funções originais em todos os seis equinos avaliados.
ResumoObstruções nasais causadas por doenças do septo nasal são incomuns em cavalos e as principais causas são: malformações, lesões nas mucosas, neoplasias e trauma. O objetivo deste relato é descrever dois casos de obstrução nasal congênita em potros. Os sinais clínicos demonstravam redução progressiva do fluxo de ar bilateral, ruído respiratório e dispnéia intensa. A avaliação endoscópica não foi realizada pois em ambos os casos, não foi possível introduzir o equipamento na cavidade nasal devido à estenose bilateral. O exame radiográfico confirmou o aumento na espessura do septo nasal. Os animais foram submetidos à cirurgia de ressecção de septo. Para promover uma melhor condição respiratória a traqueostomia foi realizada nos dois potros antes da cirurgia. A técnica cirúrgica utilizada foi modificada da técnica descrita anteriormente DOYLE (2005). Inicialmente foi realizada a trepanação do osso nasal para osteotomia da porção caudal do septo, com auxilio de osteótomo modificado, sendo os limites dorsais e ventrais do septo removidos com uso de fio serra protegido por guias metálicos. Após a recuperação cirúrgica, nos dois casos, o exame clínico mostrou que o fluxo de ar estava normal e sem ruídos permitindo aos potros respirar normalmente. A traqueostomia cicatrizou por segunda intenção. Após oito meses os dois animais respiravam confortavelmente, estando aptos à atividade física. O exame histopatológico não demonstrou sinais de inflamação, neoplasia ou outro tipo de alteração histológica relacionada aos septos, sugerindo espessamento congênito. Palavras-chave: Dispnéia, equino, ressecção de septo nasal AbstractNasal obstructions caused by nasal septal diseases are uncommon in horses and the main causes are malformations, mucosal lesions, neoplasias and trauma. The aim of this case report is to describe two cases of nasal obstruction in foals. Clinical signs were progressive with reduction of air flow bilaterally, intense respiratory noise and dyspnea. Endoscopy evaluation was not performed because, in both cases, it was not possible to introduce the probe into the nasal cavity due to bilateral stenosis. Radiographic exam confirmed nasal septum thickness. Both animals were submitted to septum resection surgery. In order to promote a better respiratory condition, tracheotomy was performed in both foals prior the surgery. The surgical technique applied was modified from DOYLE technique described previously (2005). Briefly, nasal bone trephine role was initially done in order to do osteotomy of its caudal 1 Mestre pelo Programa Pós-Graduação Ciências Veterinárias, Universidade Federal do Paraná, UFPR.
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