A renda e a escolaridade familiar são tradicionais indicadores da avaliação da trajetória escolar dos alunos. As diferenças de eficiência entre o ensino público e privado no país também são componentes relevantes dessa análise. Nesse contexto, o artigo analisa as associações entre renda familiar, desempenho e participação no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) dos alunos de escolas públicas no município de São Paulo, de 2012 a 2018. Dados de 290 mil alunos concluintes do ensino médio, distribuídos em 679 escolas, foram analisados e seus agrupamentos permitiram verificar a distribuição espacial destas variáveis, estabelecer graus de associação e verificar a formação de áreas com valores próximos. Os resultados indicaram que o desempenho médio no ENEM, por Subprefeitura, estava fortemente associado com a renda familiar per capita e com a proporção de alunos que estudaram em escolas técnicas.
Dados de 5,6 milhões de alunos de escolas públicas que pontuaram em todas as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), de 2012 a 2018, foram analisados. O desempenho dos alunos foi agrupado por escola e por zona, correlacionado com variáveis socioeconômicas e escolares, e representado em diferentes unidades administrativas (município, micro e mesorregiões, estados e regiões). O problema das unidades de áreas modificáveis e as falácias também foram avaliados na comparação entre os diferentes níveis de agregação. Constatou-se que a pontuação média dos concluintes melhorou no período, mas o número total de alunos com elevada proficiência não aumentou da mesma forma. Dentre as variáveis analisadas, a renda familiar per capita apresentou maior correlação com o desempenho neste teste educacional. Embora a quantidade de dados analisados seja expressiva e seus resultados tenham permitido identificar as áreas de melhor desempenho, considerou-se que o baixo percentual de participação no exame pode comprometer o potencial de utilização deste teste educacional para avaliar a qualidade educacional das escolas públicas brasileiras. De modo geral, as menores proficiências do Brasil ocorreram nos municípios e microrregiões do Norte e do Nordeste do Brasil. Nestes agrupamentos territoriais, a renda per capita média é frequentemente menor. Apesar dos valores de correlação terem aumentado nos zoneamentos de maior agregação, a percepção desta associação entre as variáveis diminuiu nas representações cartográficas.
É difícil escrever esta última folha e não lembrar das pessoas que, desde o primeiro dia na Geografia, ajudaram em minha formação como geógrafo e na produção desta pesquisa de pós-graduação. A ajuda não foi só acadêmica, mas também econômica e afetiva Agradeço aos professores da graduação e da pós-graduação que muito contribuíram para a minha formação.Agradeço ao Professor Alfredo pela paciência e pela orientação no desenvolvimento deste trabalho.Agradeço à minha companheira Noelí e ao nosso filho socioafetivo Ítallo pelo incentivo e compreensão pelas minhas ausências durante os trabalhos de pesquisa.
Agradeço ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais AnísioTeixeira pela disponibilidade de dados, sem os quais não seria possível a pesquisa.
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