A partir da percepção dos brigadistas frente a abordagem descerimoniosa de 5000 pessoas durante a Operação Verão Paraná 2017/2018, esse estudo avaliou a percepção da comunidade sobreo resgate de fauna e os desastres. Pode-se inferir que metade da comunidade tem alguma percepção sobre o risco de desastres no litoral do Paraná e até 75% relaciona esses eventos a derrames de óleo, porém a maioria não percebe a ligação entre a atividade portuária e seu impacto sobre o ecossistema de praias. A maioria tem empatia pelo atendimento da fauna em desastres. No entanto, não compreende a fauna de maneira global atingida. Entre 50 e 75% da comunidade se preocupa com a proteção do litoral. Ainda, a maioria valoriza a existência de uma brigada formada por voluntários, porém somente até 25% tem interesse em ser voluntário. Em contraponto, a maioria apoiaria o projeto por meio de redes sociais. O atendimento a fauna em casos de desastres é socialmente valorizado e projetos de atendimento de animais oleados precisam ser multiplicados para o atendimento dos eventos. A inclusão do voluntariado, atuando em atividades compatíveis com suas capacitações, juntamente e orientada pela equipe técnica, pode ser estimulada a partir dessa empatia apresentada pela comunidade.
As emergências ambientais costumam afetar diretamente regiões urbanizadas ou o seu entorno, configurando-se como desastres urbanos. Desastres são provenientes de eventos extremos, sejam de origem natural ou de origem tecnológica, os quais resultam em diversos impactos negativos para as cidades. Estes fatores são consequência da falta de preparação de seus gestores e comunidades para o enfrentamento destas situações, além de uma cadeia de falhas desde o planejamento, legislação e fiscalizações ineficientes. Dessa forma, faz-se necessária a análise da organização estrutural dos órgãos públicos para atuar de forma a mitigar esses eventos ou seus efeitos. Nessa linha, encontra-se não um órgão apenas, mas um sistema chamado Proteção e Defesa Civil. O Estado do Paraná, possuidor de um histórico relevante em termos de emergências ambientais, encontra, na sua defesa civil, um núcleo agregador de instituições para tratar o tema. Este artigo se dedica a analisar essa estrutura, suas potencialidades e apresenta alternativas para o aprimoramento voltado à efetividade dos recursos existentes e disponíveis.
A problemática dos impactos negativos resultantes da ocorrência de eventos extremos nas cidades tem apresentado cada vez mais a necessidade da implantação de medidas que auxiliem os gestores na minimização das vulnerabilidades de seus municípios. Para isto, a gestão de riscos de desastres (GRD) é essencial e deve ser exercida nas diferentes áreas setoriais, a fim de adaptar os processos nas suas cinco etapas principais: prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação. Tendo em vista isto, o objetivo principal desta pesquisa foi analisar a gestão municipal de proteção e defesa civil de União da Vitória, sendo este, o município que apresenta o maior número de ocorrências de inundação do estado do Paraná. A metodologia utilizada se baseia na aplicação de dois indicadores: Scorecard Detalhado de Resiliência a Desastres, da ONU e Indicador de Preparação a Desastres para Cidades (IPDC) da PUCPR e CEPED/PR. Ao todo, foram avaliados 164 itens, resultando em 52,5% de resiliência no enfrentamento de desastres de inundação em União da Vitória. Dentre as análises qualitativas, foi possível observar o perfil da gestão atual do município, apresentando como aspectos a forte cultura de convivência com as enchentes; a construção de novas residências nas proximidades do rio; e a falta de capacitação dos moradores, mesmo com a grande frequência de cheias. Por fim, foi possível concluir que a utilização de instrumentos que avaliem a gestão de riscos e desastres dos municípios é essencial para a promoção de medidas que auxiliem os gestores a tornarem suas cidades mais resilientes.
RESUMO Com o aumento dos eventos extremos nas cidades, os gestores locais precisam tomar medidas que minimizem os impactos negativos resultantes dos desastres. A área de saúde é uma das que mais possuem interferências, com o crescimento do número de afetados, feridos, mortos, além dos problemas psicológicos e de qualidade de vida após os eventos. O objetivo da presente pesquisa foi analisar a resiliência a desastres na saúde por meio do instrumento global Disaster Resilience Scorecard for Cities. O Scorecard tem sido utilizado por diversos países para avaliar a resiliência de suas cidades quanto a preparação e resposta na ocorrência de eventos extremos. Por meio da sua aplicação, foi possível observar que apenas a utilização dessa ferramenta se mostra insuficiente para avaliar as diversas dimensões da área de saúde. Além disto, a análise dos Planos Diretores Municipais mostrou que ainda existe a falta de integração entre as medidas de saúde em relação às emergências. É necessário desenvolver leis e ferramentas mais eficientes na avaliação e monitoramento da saúde em caso de desastres, a fim de alcançar a resiliência para uma maior qualidade de vida da população.
Resumo Este estudo enfatiza a relação dos desastres biológicos com a saúde coletiva por meio da sistematização dos artigos produzidos por instituições do Paraná nas últimas décadas. Esses foram selecionados por palavras-chave definidas na Codar e Cobrade nas bases de dados do Portal de Periódicos Capes, Web of Science, Scopus, PubMed, Redulac, Spell, SciELO, Medline e Bireme. Como resultado, foram encontrados 318 artigos a partir de 1970, com auge em 2012. No âmbito das áreas de conhecimento que publicaram sobre o tema, 29% dos artigos estão vinculados às ciências da saúde, seguido de 28% das ciências agrárias. Na análise do idioma mais utilizado, apesar da língua inglesa ser universal, o português liderou na maioria dos artigos (84%). E quanto às fases do desastre, mais de 90% das publicações são sobre a gestão de risco de desastre, tendo uma pequena quantidade de trabalhos sobre o desastre biológico propriamente dito. Por fim, na comparação das palavras-chave dos artigos com os anos decorrentes, a palavra-chave mais mencionada é a leishmaniose, com auge de citação entre os anos de 2001 e 2010. O presente estudo expôs que as áreas estão integradas, porém nota-se uma dificuldade de correlação entre temas como desastres e propagação de doenças.
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