A pitangueira (Eugenia uniflora L.) pertence à família Myrtaceae, estando amplamente distribuída em países da América do Sul, principalmente no Brasil, seu centro de origem. Contudo, ainda são poucas as informações acerca dos aspectos da qualidade dos frutos apesar do seu elevado potencial. Na maturação, o fruto passa por mudanças acentuadas na coloração, resultado do acúmulo de pigmentos, como também mudanças físico-químicas que lhe conferem sabor e aroma atrativos para o consumo. Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar as mudanças na qualidade de frutos de pitangueira durante a maturação. Frutos de pitangueira foram colhidos apresentando coloração da casca variando de verde amarelada até completamente vermelha. A colheita foi realizada na zona rural, Sítio Paripe, Conde-PB. Os frutos foram encaminhados para o Laboratório Multidisciplinar XI das Instituições Nova Esperança, João Pessoa-PB, sendo realizada a seleção e, com base na coloração da casca, feita a separação em três estádios de maturação. Para posterior análises físico-químicas de sólidos solúveis, pH, acidez titulável e análise de coloração utilizando o aplicativo Colorimeter. Foi observado que a acidez dos frutos da pitangueira apresentou uma redução nos valores médios do estádio Amarelo Dourado para o Completamente Vermelho, de 3,1 para 2,3 g 100 g-1. Para o pH, foi observado que os frutos mais maduros tinham um pH mais elevado. Os sólidos solúveis (SS) apresentaram uma diferença significativa entre os estádios de maturação, observando-se um aumento de 30%. Os parâmetros da coloração da casca pelo sistema CIELab avaliados pelo aplicativo mostraram que os frutos têm mudanças acentuadas ao longo de sua maturação. Desse modo, frutos de pitangueira vermelhos apresentam valores elevados para a acidez titulável e sólidos solúveis no estádio completamente vermelho. O mesmo ocorreu para o conteúdo de antocianinas e flavonoides amarelos.