o objetivo de advertir para os riscos de uma visão antitética das relações entre Estado e sociedade civil na atual cultura política brasileira. Em seguida, examina criticamente conceitos sobre a autonomia da escola, inspirados em visões que concebem a sociedade civil como capaz de se autoproduzir independentemente da luta política institucionalizada. Por fim, indica algumas pistas para a interpretação da participação da comunidade na gestão da escola à luz da idéia de Estado ampliado. Palavras-chave:Gramsci. Sociedade civil. Sociedade política. Autonomia escolar. GRAMSCI AND EDUCATION: REVIVING A FORGOTTEN AGENDAABSTRACT: This paper presents Gramsci's conceptions of civil society and political society in order to warn against the danger of assuming an antithetic vision of the relationship between the State and the civil society in the current cultural policy in Brazil. It then critically examines notions of school autonomy based on conceptions of a civil society able to reproduce itself independently of institutionalized political struggles. Finally, inspired by the Gramscian idea of enlarged State, it points out some ways of analyzing community participation in school administration.
A evasão escolar é um fenômeno que afeta os sistemas educacionais do mundo inteiro, com maior ou menor gravidade, e com efeitos mais devastadores sobre os estudantes das localidades mais pobres. Ela implica um rasgo de desigualdade em função da ausência de equidade na qualidade da educação escolar. Este trabalho se propõe a analisar o conteúdo de artigos publicados entre 2016-2021, sobre evasão escolar em periódicos científicos brasileiros, verificando o que eles dizem sobre a(s) noção(es) e apontamentos alternativos. Foram analisados doze artigos extraídos do portal EDUC@, dada sua singularidade em relação aos demais indexadores de periódicos científicos disponíveis no Brasil. O período de publicação coincide com uma crise de múltiplas dimensões com efeitos diretos e profundos de ampliação da evasão escolar. Existe uma ausência de consenso e uma pluralidade de noções sobre evasão escolar que podem ser organizadas em duas correntes distintas, a gerencial e a orgânica, configurando uma disputa, visto que a definição de um objeto de pesquisa social nunca é desinteressada. A evasão e a permanência não são apenas fenômenos recorrentes de um tipo ou outro de escola, mas categorias que são produzidas pelas relações das classes sociais com o sistema escolar. Ademais, nos trabalhos, constam possibilidades entrecruzadas de enfrentamento da evasão, restando clara sua magnitude e a necessária articulação entre os estudantes, os profissionais da educação e os gestores públicos em vista do desenvolvimento de políticas públicas mais assertivas.
Este artigo analisa as percepções de uma amostra de policiais rodoviários federais (PRFs) brasileiros sobre o uso de câmeras para registrar suas ações, tendo em vista os preceitos da justiça processual. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), organização que ainda não adotou o uso de câmeras corporais, é responsável pelo patrulhamento das rodovias federais brasileiras e atua em todo o território nacional. Este é o primeiro levantamento dessa natureza com a Polícia Rodoviária Federal realizado no Brasil, tratando principalmente da justiça processual e de percepções sobre o uso de câmeras. A pesquisa analisa dois aspectos: apoio como boa aceitação, por parte dos policiais, em relação ao uso de câmeras corporais para o controle da atividade policial; e o uso da força pela polícia (dimensão da justiça processual). Os questionários da pesquisa na web foram enviados a todos os PRFs do Brasil entre junho de 2019 e janeiro de 2020. De um universo de 10.540 policiais, foram obtidas 532 respostas. O artigo encontrou uma relação entre o apoio ao uso da força por policiais e apoio ao uso de câmeras. No entanto, esse apoio explica apenas parcialmente sua percepção sobre o uso de câmeras. Além disso, a maioria dos policiais expressou uma percepção positiva sobre o uso de câmeras nas três dimensões: uso de câmeras no uniforme, uso de câmeras em viaturas policiais e uso de câmeras para registrar a ação policial pela população.
As universidades públicas federais se movimentam para atender à Lei das Cotas, ou para consolidar as políticas de inclusão já adotadas pela maioria delas. A convergência, em 2012, de dois importantes vetores nas políticas públicas do ensino superior -a pressão do movimento negro pela implantação de políticas afirmativas, e a expansão das universidades promovida pelo REUNI, após anos de medidas restritivas do governo FHC -, foi eficaz na inclusão dos menos favorecidos, porém, ao mesmo tempo, acentuou as imensas deficiências do ensino básico. Isto faz com que uma parcela dos alunos que ingressaram pelas cotas tenha um rendimento acadêmico muito abaixo dos demais. Há muito que fazer, não só em termos de amparo material, mas, principalmente, de medidas pedagógicas que diminuam a evasão e façam valer o investimento que a sociedade faz, inserindo bons profissionais no mercado de trabalho. Palavras-chave: universidades federais; políticas de cotas; movimento negro; REUNI.
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