ResumoO artigo desenvolve uma crítica às concepções conservadoras da ecologia, partindo de uma reinterpretação da teoria do valor de Marx baseada na obra de G. Lukács. São enfatizadas, nesta crítica, as implicações dessas concepções para o plano da ética. Palavras-chave:Ecologismo; Ética ambiental; Sustentabilidade; Moral; Teoria do valor. Abstract Lukács and Marx against "uncritical ecologism": for a materialist environmental ethicsThe paper intends to develop a critique of the conservative conceptions on ecology from the standpoint of a reinterpretation of Marx's theory of value based on the work of G. Lukács. This critique put particular emphasis on the implications of such conceptions for the domain of ethics.Keywords: Ecologism; Environmental ethics; Sustainability; Moral; Theory of value. JEL Q590, B510. IntroduçãoÉ seguro afirmar que a preocupação com a iminente crise ambiental é, hoje, generalizada. Além dos desastres ambientais provocados pelos seres humanos -como os casos de derramamento de petróleo do Amoco Cadiz na Costa Francesa e do Exxon Valdez no Golfo do Alasca, o desmatamento da Amazônia, o acidente nuclear em Fukushima -, a intensidade e o número de eventos extremos, ditos naturais, exibem cada vez mais seu caráter antropogênico. Não surpreende, dessa forma, que a temática ambiental venha provocando reflexões em diversos setores da sociedade.Ainda que restritas em número e em capacidade de mobilização, é possível identificar formulações teóricas dos problemas ambientais que se inspiram em análises radicalmente críticas da sociedade (das quais privilegiaremos aquelas emitidas a partir do campo marxista). Autores como Foster (2002) e Burkett (1999) já estabeleceram, em nosso juízo, com sucesso, o vínculo entre a dinâmica própria
Resumo: Em trabalhos anteriores, realizamos uma abrangente revisão da literatura econômica relacionada ao debate ambiental (especialmente aquele em torno das mudanças climáticas). De modo geral, as diversas formulações - desde aquelas apoiadas na estrutura teórica neoclássica até as mais heterodoxas - tendem a confluir, com poucas exceções, para a noção de desmaterialização; ou, melhor dizendo, para a esperança de que o avanço tecnológico permita a realização de uma produção supostamente imaterial. O presente estudo parte dessa leitura e tem como objetivo a desmistificação (i.e. sua desconstrução crítica) da desmaterialização como possibilidade real na atual formação socioeconômica. Pela própria natureza desse expediente crítico, simultaneamente propomos um argumento teórico próprio, alicerçado em Marx, capaz de explicar por que a esperança no processo de desmaterialização tende a ser frustrada sistematicamente enquanto a lógica da produção e da distribuição da riqueza social estiver estruturada em torno do capital.
Resumo O artigo se lança à difícil tarefa de realizar uma dura crítica interna. Diante do conhecimento disponível sobre as mudanças climáticas, o campo marxista tem demonstrado profunda reticência em soar o alarme do risco existencial. Essa paralisia traduz-se na reprodução de uma práxis pulverizada, enrijecida, pouco ambiciosa e que se satisfaz com sucessos parciais e pequenos avanços. Argumenta-se ao longo do texto que mesmo essa concepção modesta de “sucesso parcial” ou “pequenos avanços” é insustentável no quadro geral dos desafios climáticos diante da humanidade. Para construir o raciocínio, estabeleço três pontos de diálogo com os posicionamentos dos ecossocialistas: (i) a vocação espontaneamente emancipatória e ecológica das lutas populares, (ii) o potencial transformador do acúmulo sistemático de pequenos avanços e reformas e (iii) a possibilidade de “ganhar tempo” via pequenos avanços e reformas. Por fim, a última seção aborda o perigo do efeito desmobilizador diante do reconhecimento explícito das transformações climáticas que afetarão dramaticamente a humanidade nas próximas décadas.
O artigo faz uma breve recuperação das metas correntes de redução das emissões globais de gases de efeito estufa, das trajetórias exigidas para cumprir tais metas e dos determinantes sociais que entram em jogo nas transformações necessárias. Toma-se essa discussão inicial como ponto de partida para uma primeira aproximação crítica do Green New Deal.
A criação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) marca o início de uma era de crescente importância da questão ambiental no âmbito da política energética. Um exame do conjunto de iniciativas dos principais países responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa indica que as tentativas de redução da intensidade em emissões é uma tendência geral nos esforços atuais de mitigação. Tomando as políticas de estímulo à eficiência energética como eixo principal desta via, busca-se oferecer as bases para um novo entendimento ”“ baseado na teoria marxiana do valor ”“ da relação entre ganhos de eficiência e consumo de energia, dando assim um novo enquadramento aos desafios econômicos, sociais e tecnológicos impostos pelas mudanças climáticas.
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