Este estudo tem por objetivo avaliar as endodontias realizadas em uma Unidade de Saúde do Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição. Trata-se de um estudo com base em avaliações clínicas e radiográficas dos tratamentos realizados entre os anos de 2004 a 2014. No período foram identificados 260 tratamentos endodônticos realizados, dos quais foram avaliados 149 (57,0%). As mulheres representaram 64,4% dos examinados, sendo a faixa etária predominante a de 40 a 59 anos (48,3%). A maioria dos dentes tratados apresentava um canal (71,1%) e, em grande parte dos casos, o tratamento foi realizado em duas sessões (67,1%). A endodontia de pré-molares totalizou 84 dentes (56,3%), sendo que, estes também representaram a maior parcela dos dentes perdidos. No momento da avaliação, do total de dentes avaliados, 25 dentes foram perdidos. Os pré-molares correspondiam a 18 (72,0%) dentes. A permanência do dente em boca foi considerada como o principal desfecho. No estudo a taxa de sobrevida dos tratamentos avaliados foi de 86,0%. Por fim, vale ressaltar que analisar esta proposta de intervenção pode trazer contribuições para a criação de protocolos com o intuito ofertar esta técnica em nível de Atenção Básica.

Na atualidade brasileira, as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Odontologia recomendam ofertar oportunidades distintas, em diversos cenários de aprendizado, para formação de futuros cirurgiões-dentistas com percepções holísticas e integradoras do cuidado em saúde. O presente artigo apresenta um relato de experiência de um estudante de graduação na construção de uma capacitação de agentes comunitários de saúde sobre o tema cuidados em saúde bucal. A referida ação de capacitação foi fundamental no processo de aprendizagem do aluno e para os profissionais da saúde na Estratégia de Saúde da Família onde foi realizada.