RESUMO -(Características estruturais de bosques de mangue do estuário do rio São Mateus, ES, Brasil Palavras-chave: manguezal, estrutura da vegetação, estuário do Rio São MateusABSTRACT -(Structural characteristics of the mangrove forests at São Mateus River Estuary, Espírito Santo State, Brazil). The structure of the mangrove forests at São Mateus River Estuary was analyzed using the plot method. Mangrove species at the estuary are Avicennia germinans (L.) Stearn., Avicennia schaueriana Stapft & Leechm., Laguncularia racemosa (L.) Gaertn., and Rhizophora mangle L. Structural analyzes were performed in four sites. In all stands, the DBH varied from 8.12 to 29.6 cm, average height from 5.4 to 12.0 m, the basal area from 7.21 to 31.1 m 2 .ha -1 , and the density from 450 a 1,450 ind.ha -1 . Sites under larger influence of the tides, presented smaller structural development and dominance of R. mangle. L. racemosa and A. germinans were dominant in sites with fresh water predominance. The results obtained demonstrated that mangrove which was studied presented a good structural development in relation to other mangroves located in the Espírito Santo State. Key words : mangrove, structure forest, São Mateus River Estuary IntroduçãoO manguezal é um ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terrestre e marinho, característico de regiões tropicais e subtropicais e sujeito ao regime das marés. Ocorre em regiões costeiras abrigadas como estuários, baías e lagunas, e apresenta condições propícias para alimentação, proteção e reprodução para muitas espécies animais, sendo considerado importante transformador de nutrientes em matéria orgânica e gerador de bens e serviços (Schaeffer-Novelli 1995).Segundo Walsh (1974), o melhor grau de desenvolvimento do manguezal dependeria de cinco requisitos: (1) temperaturas tropicais, com temperatura média do mês mais frio superior a 20 ºC (entretanto, a amplitude térmica anual não deve exceder a 5 ºC); (2) substratos predominantemente lodosos, constituídos de silte e argila e alto teor de matéria orgânica; (3) áreas abrigadas, livres da ação de marés fortes; (4) presença de água salgada, pois as plantas de mangue são halófitas facultativas e dependem desse requisito para competir com as glicófitas que não toleram a salinidade; (5) elevada amplitude de marés.Ao longo da costa brasileira, os manguezais apresentam-se com características estruturais bastante distintas. Para auxiliar a interpretação das florestas de mangue brasileiras, Schaeffer-Novelli et al. (1990) dividiram o litoral do país em oito unidades fisiográficas, levando-se em consideração relevo, tipo de solo,
-(Chemical composition of sediments and leaves of mangrove species at the São Mateus river estuary, Espírito Santo State, Brazil). We analyzed nutrient concentrations in leaves and sediments, and element accumulation capacity in foliar tissues of Avicennia germinans (L.) Stearn., Avicennia schaueriana Staft & Leechm., Laguncularia racemosa (L.) Gaertn. f. and Rhizophora mangle L. in four sites along the São Mateus River estuary mangrove, Espírito Santo State, SE-Brazil. In sediment, elements decrease following the sequence: Mg > Ca > Fe > K > Mn > P > Zn > Cu and showed inter and intraespecific variation. Avicennia leaves showed the greatest N, K and Mg concentrations and lowest Ca concentrations. Rhizophora mangle presented the greatest Mn concentration, and Laguncularia racemosa the greatest Fe level. Sediment nutrient concentrations reflected the influence of granulometry in this compartment. Nutrient accumulation in leaves varied according to species and study site but it was not correlated with sediment concentrations. Results confirmed the mangrove role as a biogeochemistry barrier blocking heavy metal up to tropical coastal areas. However, it is necessary periodic sampling so that it can be possible a better understanding of the nutrient dynamic.Key words -heavy metals, leaves, mangrove, nutrients RESUMO -(Composição química do sedimento e de folhas das espécies do manguezal do estuário do Rio São Mateus, Espírito Santo, Brasil). As concentrações de nutrientes das folhas e do sedimento e a capacidade de acumulação de elementos químicos dos tecidos foliares das espécies Avicennia germinans (L.) Stearn., Avicennia schaueriana Staft & Leechm., Laguncularia racemosa (L.) Gaertn. f. e Rhizophora mangle L. foram analisadas em quatro estações de estudo no manguezal do estuário do Rio São Mateus, no Estado do Espírito Santo. De modo geral, os elementos determinados no sedimento seguiram a ordem: Mg > Ca > Fe > K > Mn > P > Zn > Cu, apresentando variações inter e intraespecíficas. No tecido foliar, as espécies de Avicennia apresentaram maiores teores de N, K e Mg e menores concentrações de Ca. Rhizophora mangle exibiu maior concentração de Mn e Laguncularia racemosa, maior teor de Fe em relação às demais espécies. Os resultados demonstraram que a concentração de nutrientes do sedimento refletiu a influência da granulometria neste compartimento. O acúmulo de nutrientes nas folhas variou de acordo com a espécie e estação de estudo, mas não refletiu as concentrações do sedimento. Os dados confirmaram o papel do manguezal como barreira biogeoquímica ao trânsito de metais pesados. Entretanto, torna-se desejável uma amostragem periódica para um melhor entendimento da dinâmica de nutrientes.Palavras-chave -folhas, manguezal, metais pesados, nutrientes IntroduçãoO conhecimento da dinâmica e da estrutura dos ecossistemas demanda a compreensão dos teores de nutrientes, sua distribuição nas plantas e no solo, processos de ciclagem e fluxos de entrada e de saída (Hay & Lacerda 1984). A comunidade vegetal representa p...
This synthesis is framed within the scope of the Brazilian Benthic Coastal Habitat Monitoring Network (ReBentos WG 4: Mangroves and Salt Marshes), focusing on papers that examine biodiversity-climate interactions as well as human-induced factors including those that decrease systemic resilience. The goal is to assess difficulties related to the detection of climate and early warning signals from monitoring data. We also explored ways to circumvent some of the obstacles identified. Exposure and sensitivity of mangrove and salt marsh species and ecosystems make them extremely vulnerable to environmental impacts and potential indicators of sea level and climate-driven environmental change. However, the interpretation of shifts in mangroves and salt marsh species and systemic attributes must be scrutinized considering local and setting-level energy signature changes; including disturbance regime and local stressors, since these vary widely on a regional scale. The potential for adaptation and survival in response to climate change depends, in addition to the inherent properties of species, on contextual processes at the local, landscape, and regional levels that support resilience. Regardless of stressor type, because of the convergence of social and ecological processes, coastal zones should be targeted for anticipatory action to reduce risks and to integrate these ecosystems into adaptation strategies. Management must be grounded on proactive mitigation and collaborative action based on long-term ecosystem-based studies and well-designed monitoring programs that can 1) provide real-time early warning and 2) close the gap between simple correlations that provide weak inferences and process-based approaches that can yield increasingly reliable attribution and improved levels of anticipation.
RESUMO -(Estrutura da vegetação em florestas de mangue do estuário do rio Paraíba do Sul, Estado do Rio de Janeiro, Brasil). A estrutura da vegetação do manguezal do estuário do rio Paraíba do Sul foi analisada pelo método de parcelas, que foram distribuídas na franja e no interior da floresta em dois sítios de estudo. No geral, considerando-se os indivíduos ≥ 1m alt., a altura média variou de 6,3 a 9,9m, o DAP médio de 7,44 a 13,4cm, a área basal média de 14,5 a 35,3m2 .ha -1 e a densidade média de 1.920 a 3.400 troncos.ha -1 . Estes parâmetros estruturais não diferiram, significativamente, entre a franja e o interior da floresta, mas a contribuição de cada espécie variou entre as distintas zonas. Avicennia germinans (L.) Stearn. foi a espécie dominante em área basal de indivíduos vivos (60%), seguida de Rhizophora mangle L. (25%) e de Laguncularia racemosa (L.) Gaertn. (15%). Os resultados obtidos demonstraram que a área de manguezal analisada apresenta melhor desenvolvimento estrutural quando comparada a outros manguezais do litoral fluminense, tais como os encontrados nas Baías de Guanabara e Sepetiba.Palavras-chave: estrutura da vegetação, estuário do rio Paraíba do Sul, manguezal ABSTRACT -(Vegetation structure of the mangrove forest at the estuary Paraíba do Sul river, Rio de Janeiro, Brazil). A structural analysis of the mangrove forest at the Paraíba do Sul river estuary was performed using the stand method. The stands were demarcated in two points both at the forest edge and interior. The results indicate that average height varied from 6.3 to 9.9m; DBH varied from 7.44 to 13.4cm; average basal area varied from 14.5 to 35.3m 2 .ha -1 , and average density varied from 1,920 to 3,400 trunks.ha -1 (trees ≥ 1m height). These structural parameters did not differ between the edge and the interior, but the contribution of each species varied between the zones. Avicennia germinans (L.) Stearn. was the dominant species (60%), followed by Rhizophora mangle L. (25%), and Laguncularia racemosa (L.) Gaertn. (15%). These results demonstrate that the mangroves forest at the Paraíba do Sul estuary has a better structural development than other mangrove sites found in the Rio de Janeiro State (e.g., those mangrove forests located at the Sepetiba and Guanabara bays).
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