This research analyzes the process of inclusion and social recognition of migrants in a Brazilian city. The study presents a report of the demands from migrants in the context of a host project carried out at a Brazilian public university regarding their insertion in the world of work and in Brazilian higher education, highlighting their difficulties and expressions of suffering. Documentary research was used based on the analysis of qualitative data collected from about 300 interviews and over 1000 individual and group psychosocial consultations carried out with migrants in the city of Curitiba-PR. As a theoretical framework we adopted the category of “social recognition” proposed by Nancy Fraser (2008a) based on the debate with Axel Honneth (2009), and inspired by the category “struggle for recognition,” by Hegel (2008). Results point to the precarious inclusion of migrants in the labor market, with evident social injustice and psychological suffering.
Este artigo analisa, desde a perspectiva da clínica psicanalítica, a qual se apoia na noção de mal-estar, alguns elementos das práticas de saúde desenvolvidas no campo que se volta para a relação entre saúde e trabalho, acompanhando a constituição de saberes e práticas que buscam circunscrever tal relação, verifica-se a exclusão do sujeito em sua acepção associada ao inconsciente freudiano. Finalmente, indica-se que o campo da Saúde do Trabalhador, em sua perspectiva contra-hegemônica, crítica ao modo de produção no capitalismo, acaba por reiterar uma ordem de coisas agenciada segundo a lógica do capital quando, na busca de um nexo causal entre doença e trabalho, ratifica o estatuto epidêmico da depressão nos termos da psiquiatria biológica.
Este trabalho objetiva apresentar as ações desenvolvidas em um projeto de extensão universitária na área de Psicologia e Trabalho no Sistema Socioeducativo. A partir de um pedido para a intervenção da psicologia junto a trabalhadores que apresentavam sinais de sofrimento e adoecimento no trabalho, operacionaliza-se um diagnóstico institucional, que se desdobra em ações extensionistas. No processo de diagnóstico, que visou apreender as relações instituídas, realizou-se a caracterização da organização/instituição, a análise da rotina e das relações concretas estabelecidas no trabalho, bem como as condições de saúde mental no trabalho. Após a devolutiva da análise diagnóstica para a instituição, foram propostas as ações de intervenção, que consistiram em: período de permanência na instituição; grupos operativos; atendimento clínico-institucional individualizado; acompanhamento do sistema de gestão de faltas e controle de adoecimentos. O diagnóstico e as intervenções foram desenvolvidos a partir de atividades extensionistas, em articulação com o ensino e a pesquisa na área da psicologia. As intervenções, que ocorrem desde 2018 em um centro de socioeducação e foram adaptadas no período da pandemia da Covid-19, demonstram que não há uma política e nem ações sistematizadas em saúde do trabalhador no sistema socioeducativo, mas que há um significativo índice de sofrimento e adoecimento relacionados ao trabalho. Esse fato aponta para a necessidade da construção de um sistema de saúde do servidor que contemple a saúde em geral desses trabalhadores, mas especialmente a saúde mental.
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