Durante a pandemia de COVID-19, o presente projeto foi proposto a dois alunos do Curso Técnico em Química do campus Nilópolis do IFRJ, que abraçaram a ideia de realizar experimentos em casa, usando a câmera de um smartphone, soluções de corantes alimentícios e aplicativos de medição de cores. Embora não tenha sido possível uma comparação estatística com os resultados obtidos com um espectrofotômetro, os experimentos foram direcionados para a verificação da influência das condições experimentais sobre os resultados da análise e para a simulação da validação de um método analítico. Estudos preliminares com corantes azul, verde e vermelho e com os aplicativos ColorMeter, Color Grab e PhotoMetrix PRO levaram a escolha por fazer a determinação dos parâmetros analíticos de mérito para o corante vermelho, usando o canal G (do sistema de cores RGB) do aplicativo PhotoMetrix PRO, com fundo branco e uma iluminação secundária. Curvas analíticas na faixa de 0,80 a 4,0 cc mL-1 (micro colher de chá por mililitro) foram obtidas com R2 entre 0,9714 e 0,9891 com comportamento homocedástico confirmado pelo teste de Cochran. Os limites de detecção e quantificação foram determinados pelo teste da percepção visual, sendo 0,32 e 1,1 cc mL-1, respectivamente. Para os níveis de concentração de 1,2 e 2,4 cc mL-1, a precisão intermediária entre dias foi de 8,9 e 8,3%, respectivamente. Já os valores de recuperação variaram entre 99 e 120% para o nível de fortificação de 1,2 cc mL-1 e entre 102 e 104% para o nível de fortificação de 2,4 cc mL-1. A metodologia alternativa para a simulação do desenvolvimento e da validação de um método analítico em casa, de acordo com os critérios estabelecidos pelo INMETRO, foi considerada adequada e promissora. Além disso, o experimento relatado pode ser prontamente adaptado para vários objetivos de aprendizagem de química analítica.