RESUMOEste trabalho apresenta uma análise variacionista do processo de ditongação decrescente na fala popular de Salvador. A ditongação pode ocorrer entre palavras, entre a vogal final da primeira palavra e a vogal inicial da segunda palavra na sequência, quando uma das vogais é foneticamente alta e átona. No caso da ditongação decrescente, a segunda vogal se torna glide com a aplicação do processo, como no exemplo minh [aj]scola (minha escola). O objetivo deste trabalho foi contribuir com uma descrição mais detalhada da ditongação decrescente que ocorre no português brasileiro, considerando dados da fala popular de Salvador, retirados do banco PEPP (Programa de Estudos sobre o Português Popular Falado de Salvador), coordenado pela Professora Norma Lopes (UNEB). Selecionamos desse banco de dados oito entrevistas classificadas por sexo (masculino e feminino), escolaridade (fundamental e médio) e idade (25 a 35 anos e mais de 65 anos), totalizando 1.121 dados para a análise estatística. Os dados referentes à ditongação decrescente passaram pela análise estatística do Goldvarb X, levando em consideração algumas variáveis já analisadas em outras pesquisas. Os principais fatores favorecedores à aplicação do processo foram combinação de vogal tônica mais vogal átona, domínio do grupo clítico, combinação de vogal não alta mais alta, etc. PALAVRAS-CHAVE: Variação. Sândi externo. Ditongação decrescente.
Este artigo apresenta uma parte dos resultados encontrados dentro de uma pesquisa maior, que analisou todos os contextos possíveis de ditongação entre palavras, casos de ditongação crescente e decrescente. Para este trabalho, selecionamos os resultados referentes apenas à análise variacionista da ditongação crescente na fala popular de Salvador. Entre palavras, a ditongação crescente pode ocorrer entre a vogal final de uma palavra e a vogal inicial de outra palavra na sequência, quando a primeira vogal for foneticamente alta e átona. Nesse caso, a primeira vogal se torna glide com a aplicação do processo, como no exemplo tre[zja]nos (treze anos). O objetivo desta pesquisa é contribuir com uma descrição mais detalhada da ditongação crescente que ocorre no português brasileiro, considerando dados da fala popular de Salvador, retirados do banco PEPP (Programa de Estudos sobre o Português Popular Falado de Salvador), coordenado pela Professora Norma Lopes (UNEB). Selecionamos desse banco de dados oito entrevistas classificadas por sexo (masculino e feminino), escolaridade (fundamental e médio) e idade (25 a 35 e mais de 65), totalizando 1.121 dados para a análise estatística. Os dados referentes à ditongação crescente passaram pela análise estatística do Goldvarb X, levando em consideração algumas variáveis já analisadas em outras pesquisas. Dentre os fatores favorecedores à aplicação do processo, encontramse V2 central e tônica, contexto seguinte preenchido por consoante, combinação de vogais altas diferentes e domínio do grupo clítico.
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