Estudo qualitativo, exploratório e descritivo, realizado de janeiro a março de 2022, objetivando compreender, à luz da Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano, os cuidados parentais e as percepções maternas sobre o desenvolvimento dos filhos nascidos durante a pandemia de covid-19. Foram entrevistadas 30 mães. As informações foram submetidas à Análise de Conteúdo. Emergiram três categorias temáticas: cuidados maternos à criança durante a pandemia; aspectos socioafetivos das relações interpessoais das crianças; percepções das mães sobre o desenvolvimento dos filhos. Revelou-se que as mães foram as principais cuidadoras das crianças e as mudanças provocadas pela pandemia impactaram nos cuidados maternos. Apesar das adversidades, as mães procuraram realizar cuidados parentais que desenvolvessem os filhos saudavelmente. Posto que a crise sanitária imposta pela covid-19 continua, recomenda-se, no acompanhamento da saúde materno-infantil, maior atenção à díade mãe-filho, fortalecendo serviços que operem como fontes de apoio às mulheres nos cuidados aos filhos.

O presente artigo tem como objetivo investigar os modos de cuidados clínicos com bebês prematuros internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), à luz do referencial teórico da psicanálise, considerando os processos de instauração do sujeito e apontando para possíveis contribuições à atenção em saúde mental de bebês. A escuta psicanaliticamente orientada e as observações norteadas pelo uso do instrumento Indicadores de Risco para o Desenvolvimento Infantil (IRDI) compuseram as notas do diário de campo e permitiram a apresentação de vinhetas que ilustram a construção de possíveis dispositivos de trabalho clínico. Destaca-se a importância da sustentação de um espaço de escuta no qual se sobressaia o discurso familiar sobre o bebê, possibilitando a produção de narrativas singulares.