O artigo resulta de estudo de um modelo de gestão para bibliotecas da rede de escolas de educação básica vinculada à administração pública do Estado de Santa Catarina, desenvolvido em 2012. O estudo dessa rede, composta por mais de mil unidades escolares distribuídas em 293 municípios, além de prever a criação de 300 cargos de bibliotecário fez surgir um modelo de rede estruturado em três níveis de competência bibliotecária a partir do lugar de atuação desse profissional: a) Órgão Central da Secretaria de Estado da Educação; b) Gerências Regionais distribuídas em 36 municípios sede; e, c) Unidades Escolares. O estudo mais recente do qual fizemos um recorte e apresentamos neste artigo, teve a participação de representantes dessa categoria profissional em Santa Catarina e com representantes da Secretaria de Estado da Educação. Com as ideias abordadas neste texto se pretende ampliar a discussão sobre o papel do bibliotecário quando da formação de uma rede de bibliotecas escolares no âmbito da administração pública estadual.
Resumo Discute percursos da implantação de uma rede de bibliotecas para as escolas públicas do estado de Santa Catarina e sobre a criação do cargo de bibliotecário vinculado ao Quadro do Magistério Público deste Estado. As diferentes ações da categoria profissional para a criação do cargo de bibliotecário para atuar nessas escolas, o movimento dessa classe profissional para tal intento desde os anos 90 do século XX. Apresenta a proposta da categoria resultado das várias discussões (e elaboração de propostas de projetos) que vêm ocorrendo desde 2003. A aprovação da Lei 12.244/2010 motivou, em 2012, a Secretaria da Educação propôr uma reunião com a categoria profissional com intuito, em uma ação conjunta, a elaboração de uma proposta de criação do cargo de bibliotecário para as 1.112 escolas estaduais. Esse projeto prevê não apenas a criação do cargo, cerca de 300, mas o funcionamento de uma rede de bibliotecas estruturada em três pontos estratégicos para a atuação desse profissional, assim desenhado: Órgão Central, Secretarias Regionais e Entidades Escolares - nesse tripé sustenta-se a rede ora proposta.
A interação, a linguagem e a comunicação, interferem e determinam o viver dos atores ao experimentar e compartilhar coisas dando sentido a elas, num ir e vir ininterrupto alicerçado em dizeres, gestos, olhares, ouvires. Esse processo os leva a operar na consciência os sentidos, as percepções, os significados, as representações do experimentado no cotidiano do Mundo da vida que, segundo Schutz (2012), abarca tanto a ação natural quanto a ação teórica.Mas o que os leva à ação? O que envolve o "transitar" de um pensamento ao outro, de uma palavra à outra, de um projeto ao outro, de um lugar ao outrode uma ação à outra, construindo o mundo numa sequência de agir intencional, diferentemente, portanto, de mero agir habitual? Com base nas concepções de Edmund Husserl (1859-1938), Max Weber (1864-1920) e de Alfred Schutz (1899-1959) 2 , pode-se afirmar que muitas são as coisas 1 Artigo apresentado à Disciplina Tópicos Especiais: Max Weber e a sociologia contemporânea, do
Em estudo decorrente da aprovação, em 2010, no Brasil, de uma Lei Federal que obriga cada escola brasileira a ter uma biblioteca, a categoria profissional no estado de Santa Catarina concebe um modelo de gestão para atender as bibliotecas escolares da rede pública desse Estado. Partindo desse modelo busca-se ampliar a discussão sobre o papel do bibliotecário diante da perspectiva de abertura e incremento de postos de trabalho nas escolas brasileiras, um quadro que nos leva a levantar algumas questões sobre as competências e atribuições desse profissional quando numa rede escolar. Deste modo, abre-se para debate o papel do bibliotecário na educação básica, os limites e as possibilidades de atuação desse profissional, as necessidades de informação da comunidade escolar, e o envolvimento da classe profissional com este tema. Entende-se que a ampliação do fazer desse profissional no contexto escolar contribui para uma maior visibilidade de seu desempenho no cenário da educação brasileira. Diante dessa realidade, este artigo trata sobre o contexto educacional catarinense, o papel do bibliotecário no sistema das profissões, e por fim, sobre as competências desse profissional evidenciadas a partir de um modelo de rede.
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 10pt; mso-fareast-font-family: PMingLiU; mso-fareast-language: PT-BR; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA;">Discorre sobre a escola e os reflexos das mudanças sociais nela e a partir dela. Aborda a questão da re-produção do conhecimento e sua repercussão no social. Sucintamente, apresenta dados sobre a avaliação do ensino brasileiro através do Censo Escolar de 2010 e do Relatório Pisa/OECD de 2009, estreitando a relação entre a Política Nacional de Educação e as perspectivas de desenvolvimento do país. Trata sobre a questão da pesquisa científica, a partir do seu nascedouro, a escola de Educação Básica. A prática de trabalhos-cópia tem revelado sério problema nesse ensino, que repercute nos demais níveis educacionais. Vislumbra a possibilidade de uma reorganização curricular onde o aluno tenha oportunidade de exercitar-se autor. Essa premissa atende as perspectivas da construção do conhecimento, do desenvolvimento da autonomia, e de se avançar em ciência e em tecnologia. Garantir recursos, pessoas qualificadas e um currículo que ilumine o caminho transcorrido pelo aluno durante as etapas da pesquisa escolar são entendidos como prioritários na construção do espírito científico a partir da Educação Básica.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aborda a necessidade da ampliação de número de escolas com bibliotecas e laboratórios de ciências (química, física, biologia e matemática), e de profissionais qualificados para melhor orientar os alunos no uso desses recursos na escola.</span>
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