O estudo teve como objetivo analisar a percepção de incômodo diante das restrições hídricas e alimentares por pessoas com insuficiência renal crônica. Tratou-se de um estudo transversal, com amostra intencional de 207 usuários de terapia hemodialítica de um hospital do Alto Sertão, Bahia, Brasil. Os dados foram coletados entre setembro e outubro de 2018, pela aplicação de formulário clínico e sociodemográfico e do Kidney Disease Quality of Life (KDQOL-SF). Foram realizadas análises descritivas e de associação (p<0,05) pelo teste qui-quadrado de Pearson. Constatou-se que 75,9% dos usuários relataram incomodo com a restrição hídrica, enquanto 56,5% indicaram incômodo com a diminuição alimentar. Estar em idade produtiva (p = 0,040), receber o benefício de prestação continuada (p = 0,027) e ser hipertenso (p = 0,006) se associou com o incômodo pela restrição hídrica. A raça/cor negra (p = 0,047) se associou com incômodo com a restrição alimentar. Os usuários de terapia hemodialítica incomodados pela restrição hídrica e alimentar apresentaram perfis sociodemográficos diferentes, o que impactou diretamente na qualidade de vida do acometido e nas ações profissionais.
Objetivo: Compreender as dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem durante o Atendimento Pré-Hospitalar. Métodos: Estudo descritivo, exploratório com abordagem qualitativa desenvolvido em um município do Território Sertão Produtivo da Bahia, no período de dezembro de 2018, com 14 profissionais de enfermagem. Como ferramenta de coleta de dados foi utilizado uma entrevista norteada por um roteiro semiestruturado contendo informações relacionadas ao objeto do estudo. Os dados foram sistematizados através da análise de conteúdo em suas três etapas: pré análise, exploração do material e tratamento dos dados. Resultados: Evidenciou-se inúmeros entraves para o atendimento enfermagem no ambiente pré-hospitalar com destaque para a acessibilidade aos locais de atendimento, segurança da cena e a ocorrência de violência ocupacional contra os profissionais. Para superação destas dificuldades, mostrou-se como fundamental a boa comunicação com a comunidade e a existência de educação permanente com a equipe e população. Conclusão: Para tornar o atendimento mais eficaz é necessário a construção de abordagens que perpassem horizontalmente os cenário micro e macroorganizacional, onde comunidade, profissionais e gestão são corresponsáveis pelo serviço prestado.
A reforma psiquiátrica brasileira representa a tentativa de mudança no paradigma do cuidado em saúde mental. Analisar o que versam as produções científicas e os documentos oficiais sobre os impactos da nova política de saúde mental para o cuidado psicossocial de pessoas com sofrimento mental. Analisaram-se estudos encontrados nas bases de dados: Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Publisher Medline (PUBMED) e Scientific Electronic Library Online (Scielo), selecionaram-se 18 artigos para compor a amostra final, tendo sido a maioria estudos foram publicados nos últimos cinco anos. A trajetória da saúde mental no Brasil é marcada por diferentes modelos de assistência. As mudanças nas concepções epistemológica e simbólica acerca do adoecimento mental, bem como os contextos sociopolítico e econômico e as formas de organização do sistema de saúde, contribuíram para a transformação das abordagens e das instituições. Assim, ganhou destaque a Política de Saúde Mental com ênfase na Portaria 336/2002 que reorganizou o cuidado em saúde mental no território brasileiro com a definição dos Centros de Atenção Psicossocial, tais estruturas físicas surgiram com o objetivo de atender a demanda dos pacientes em caráter humanizado e multiprofissional, com a possibilidade de reinserção do indivíduo na sociedade sem a utilização dos serviços de manicômio e hospitalização. A discussão dos resultados encontrados reforçou o impacto do retrocesso no campo da saúde mental com a implantação de medidas que fomentam o retorno do modelo hospitalocêntrico, excludente e medicalizador.
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