O estudo propõe um olhar diferenciado para a inserção das tecnologias digitais no campo educacional, afastando-se da perspectiva técnica e aproximando-se da percepção de artefatos culturais imersos nos hábitos, costumes e crenças dos professores. As crenças pedagógicas funcionam como filtros dos pensamentos e ações dos professores, portanto essa investigação visa analisar a percepção das crenças de autoeficácia que os professores possuem para lecionar usando as tecnologias digitais. A pesquisa qualitativa foi desenvolvida em oito escolas municipais do Rio de Janeiro, entrevistando 64 professores, durante o período de 2014-2019. Os resultados demonstraram que a maioria dos docentes (63) utilizaram as tecnologias no âmbito pessoal, mas ao verificar o ambiente escolar esse grupo diminuiu para 47. E apenas 17 destes conseguiram modificar suas práticas pedagógicas usando as TIC. Conclui-se que a autoeficácia computacional docente não representa uma confiança contínua, pois é influenciada por vários elementos e está em constante transformação.
O estudo propõe um debate crítico sobre o uso das tecnologias digitais no ensino pressupondo que estas são artefatos culturais porque estão inseridas nos costumes dos indivíduos. Essa investigação pauta-se nos ensinamentos de Albert Bandura sobre crenças de autoeficácia e o objetivo é analisar como as fontes de autoeficácia computacional docente podem contribuir para fortalecer a confiança do professor da Educação Básica. A pesquisa qualitativa foi desenvolvida durante 2014-2016 em 8 escolas municipais do Rio de Janeiro, entrevistando 64 professores. Os resultados indicaram que as fontes experiências direta e vicária e a persuasão social foram as mais expressivas no fortalecimento da crença de autoeficácia. Entretanto, os estados emocionais percebidos como ansiedade e dúvida enfraqueceram essa mesma crença. Conclui-se que as fontes de informação representam um caminho significativo para a inovação pedagógica explorando o potencial disruptivo da tecnologia.
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