O objetivo deste artigo é verificar as ações de promoção da saúde realizadas pelos fonoaudiólogos em âmbito nacional, assim como as temáticas abordadas em suas ações. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, por meio da busca nas bases de dados Bireme e SciELO, contemplando o período entre 2006 e 2015. Foram utilizados os descritores “promoção da saúde” e “fonoaudiologia”, sendo considerados artigos nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram excluídos as revisões de literatura e os estudos que não contemplavam a temática. Os resultados encontrados nos 34 artigos incluídos no estudo mostraram que, em sua maioria, foram utilizados questionários/entrevistas para alcançar os objetivos propostos, entretanto muitas pesquisas não citaram ou descreveram ações de promoção da saúde. Entre aqueles que realizaram ações de promoção da saúde, observou-se que a estratégia mais utilizada foi a abordagem em grupo. O enfoque no empoderamento ressaltou a importância do autocuidado em saúde para a população. Todavia foram observados empecilhos no planejamento das ações diante de questões administrativas e lacunas no conhecimento dos profissionais acerca da atuação fonoaudiológica. Concluiu-se que é relevante a ampliação da atuação do fonoaudiólogo com outros profissionais da saúde no desenvolvimento de ações e práticas de promoção da saúde, além do (re)conhecimento dos gestores sobre a importância do trabalho fonoaudiológico. Palavras-chave: Promoção da saúde. Fonoaudiologia. Saúde pública. Atenção primária à saúde. Prática profissional.
A medicalização da infância e da adolescência se articula com a medicalização da educação com relação às “doenças do não aprender”. Nesse contexto, o diagnóstico da Dislexia é legitimado pelo DSM, Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, utilizado pelos profissionais da saúde. O objetivo deste artigo é analisar o modo como as classificações diagnósticas do DSM-5 faz efeito na medicalização do processo de apropriação da leitura. Os dados foram analisados a partir da Análise Dialógica do Discurso. Os resultados revelaram que o discurso médico, materializado no texto do DSM, implica diretamente na medicalização da educação. O DSM-5 apresenta uma versão da Dislexia que desconsidera a história e o contexto sociocultural no qual os estudantes ou adultos em circunstâncias não escolares, manifestam ou têm produzido sintomas na leitura. A ideologia na qual o documento se baseia se insere numa perspectiva biologizante, na qual os problemas específicos à aprendizagem do ler decorrem de desordens neurobiológicas e, portanto, podem ser medidos facilmente, por meio de medidas padronizadas. As consequências desse modo de olhar têm desdobramentos significativos que marcam a trajetória escolar e contribuem com a configuração de uma história que passa a ser marcada pela incapacidade de aprender.
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