A produção de mudas de maracujazeiro 'amarelo' (Passiflora edulis Sims. f. flavicarpa Degener) de boa qualidade genética, fitossanitária e bem nutridas é de suma importância. A multiplicação rápida depende de alguns fatores preponderantes, relacionados com a produção de mudas, ligados especificamente aos substratos e recipientes. Este experimento foi realizado visando à avaliação da produção de mudas em diferentes substratos e dois tamanhos de recipientes, em viveiro de produção de mudas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Cassilândia/MS. Foram testados quatro substratos: solo puro, solo + esterco (2:1 v:v), Plantmaxâ e solo + 150 mg.dm-3 de superfosfato simples e dois tamanhos de recipientes de polietileno preto: 14x20 cm (1000 mL) e 10x20 cm (700 mL). Utilizou-se o delineamento experimental em blocos casualizados, em esquema fatorial 4 (substratos) x 2 (tamanhos de recipientes), com 4 repetições e dez plantas por parcela. Avaliaram-se as características: índice de velocidade de emergência (IVE), altura da muda (cm), comprimento de raiz (cm), diâmetro do colo (mm), número de folhas/planta, índice de clorofila foliar (ICC), massa seca da parte aérea, massa seca da raiz e massa seca total. Os resultados para as variáveis analisadas indicaram que apenas para o número de folhas/planta houve diferença significativa para o tamanho de recipiente utilizado. O solo + esterco e o Plantmax® favoreceram todos os parâmetros de crescimento nos recipientes de 700 mL. O solo puro não é recomendado para a produção de mudas de maracujazeiro 'amarelo' em ambos recipientes; pois favoreceu apenas o comprimento de raiz e massa seca da parte aérea.
As espécies frutíferas nativas do Brasil, encontradas em diversas regiões, tais como o Cerrado, a Caatinga e a Região Amazônica, são de ocorrência espontânea, exploradas localmente e, na maioria das vezes, de forma extrativista (Ferreira 1999). Mesmo existindo plantios racionais e tecnificados, muitas espécies são desconhecidas, apesar do grande potencial destas culturas (Lederman et al. 2000).
A mangabeira (Hancornia speciosa Gomes) é uma espécie frutífera nativa do Cerrado, que devido às características dos seus frutos apresenta enorme potencial de aceitação pelo mercado consumidor, além de apresentar expressivo potencial produtivo. Objetivou-se avaliar o efeito de diferentes substratos na produção de mudas de mangabeira em sacos de polietileno e determinar o melhor substrato para a propagação da espécie. O trabalho foi conduzido em casa de vegetação na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade Universitária de Cassilândia. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições e 15 plantas por parcela. Foram testadas cinco misturas de substratos: A (areia lavada + Plantmax® + solo, 1:1:3 v:v:v); B (casca de arroz carbonizada + Plantmax® + solo, 1:1:3); C (casca de arroz carbonizada + húmus de minhoca + solo, 1:1:3); D (esterco bovino + Plantmax® + solo, 1:1:3), e E (esterco bovino + solo, 2:3). Foram avaliados os parâmetros: porcentagem de germinação, índice de velocidade de emergência (IVE), porcentagem de mortalidade, altura da muda (cm), diâmetro do colo (mm), comprimento da raiz (cm), número de folhas/planta, índice de clorofila foliar (CCI), massa seca, parte aérea da raiz e total (g/planta). As melhores características para uma muda sadia e de boa qualidade para pegamento no campo foram obtidas com os substratos D e E, sendo estes os recomendados para a produção de mudas de mangabeira em sacos de polietileno.
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