Resumo: O presente estudo teve como objetivo investigar por que as escolas públicas municipais, situadas em bairros próximos, ainda não haviam visitado o Museu da Vida. Para tal, foram selecionadas 14 escolas públicas que nunca haviam visitado o Museu. O instrumento de pesquisa utilizado foi um questionário semiestruturado, aplicado pela pesquisadora aos profissionais da equipe diretiva, professores de ciências e coordenadores pedagógicos. Os resultados indicaram que esses profissionais têm o hábito de frequentar museus com suas escolas e famílias e se dedicam também a outras práticas culturais, como ler e ir ao teatro. Reconhecem a importância e o valor dessas atividades tanto para si, como para seus alunos. Porém, outros fatores externos influenciam o processo decisório. As principais dificuldades relatadas pelas escolas para a realização de atividades complementares no espaço extraescolar são a falta de transporte, verba reduzida e a violência urbana.
Analisamos a experiência de cinco grupos de adolescentes em uma exposição sobre a física dos esportes, visando compreender como eles interagem com os mediadores, a exposição e entre si, bem como o conteúdo de suas conversas. A visitação foi gravada com uma câmera subjetiva e analisada a partir de um protocolo de pesquisa. Na análise, observamos que a interação dos visitantes com os mediadores prevaleceu à interação dos visitantes entre si, especialmente, nas conversas voltadas para a temática científica, associações com experiências anteriores e conversas sobre o desenho e uso dos objetos expositivos. O estudo sinaliza que a exposição conseguiu mobilizar os adolescentes em torno de temas de ciência e a escolha do tema “esportes” parece ter ajudado nesse sentido. A pesquisa fornece subsídios para reflexão a respeito dos modos de mediar exposições de ciências e desafios a serem explorados em estudos futuros e em práticas de formação de mediadores. Esperamos que este estudo seja um passo importante para o fomento à cultura dos adolescentes de frequentar espaços científico-culturais, uma vez que busca compreender interesses, conversas, modos de interagir.
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