BELLATO, R.; PASTI, M.J.; TAKEDA, E. Algumas reflexões sobre o método funcional no trabalho da enfermagem.Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 5, n. 1, p. 75-81, janeiro 1997. INTRODUÇÃOEnquanto mestrandas da Área de Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto -USP e cursando a disciplina "Análise Crítica da Assistência de Enfermagem", tivemos oportunidade de refletir sobre a prática de enfermagem calcada no método funcional, ao mesmo tempo em que repensávamos nossa atuação profissional como enfermeiras, dentro desse modelo. Tendo como ponto de partida essa reflexão inicial, resolvemos buscar maior embasamento para uma análise um pouco mais aprofundada, trazendo subsídios da história não só da enfermagem, mas também da instituição hospitalar e da adoção do método funcional como forma de organização do trabalho da enfermagem.Tal análise busca lançar luz às nossas inquietações quanto a fragmentação que tem ocorrido na assistência de enfermagem, que parece resultar em prejuízo tanto aos indivíduos para quem ela se destina como para seus próprios prestadores. Porém, nos parece que, mesmo tendo adotado amplamente esse sistema de divisão do trabalho, a enfermagem tem se mostrado insatisfeita com ele, e tem procurado formas de tomar menos fragmentada possível essa assistência, visto que esse método se opõe a crença que a enfermeira tem de uma assistência holística ao ser humano. Assim, também pretendemos comentar neste trabalho algumas das contradições que se colocam no que se refere a adoção do método funcional na organização do trabalho da enfermagem e algumas das concepções da enfermeira acerca de como deveria ser prestado o cuidado.Salientamos que não é nossa pretensão propor soluções para o problema aqui colocado mas sim, suscitar a discussão entre as enfermeiras, visto que a proposição de soluções envolve grandes mudanças não só organizacionais, mas também filosóficas, tanto no que se refere a enfermagem quanto as instituições de saúde, bem como um profundo engajamento dos sujeitos que pretendem propor as soluções. SURGIMENTO DO HOSPITAL COMO INSTITUIÇÃO DE SAÚDESe a doença acompanha o ser humano desde seus primórdios, a necessidade do cuidado ao ser doente seguiu o mesmo trajeto. Assim, todas as cidades em todas as épocas, mobilizaram-se para responder a essa necessidade. Templos, conventos e mosteiros já se prestaram a esse fim, recebendo os doentes e
Em 2003, a equipe de construção da 1a série dos cursos de Medicina e Enfermagem de uma faculdade do interior do estado de São Paulo iniciou um trabalho com objetivo de reconstrução curricular, reestruturando os conteúdos cognitivos e a integração básico-clínica, com o objetivo de se adequar ao Programa de Incentivo às Mudanças Curriculares (PROMED), que propiciou a continuidade das inovações curriculares. Essa equipe trabalhou considerando a dinâmica de grupo, método já utilizado nas sessões de tutoria, e com que os docentes têm certa familiaridade. Para o bom desempenho grupal, os participantes da equipe inseriram-se em dois subgrupos: o de construção de problemas educacionais e o de exercícios de avaliação cognitiva. A equipe e os subgrupos reuniam-se semanalmente, sendo que a cada 15 dias ocorria a socialização dos trabalhos, identificando as fortalezas e/ou fragilidades do processo e dos produtos. A boa adesão, o envolvimento ativo dos participantes e a satisfação manifesta por cada participante com sua inserção no grupo refletiu-se no produto final e contribuiu para a identificação dos sujeitos com a proposta de trabalho. Portanto, nessa trajetória, as transformações individuais e as relações no âmbito da convivência profissional foram determinantes para o processo de reconstrução curricular permanente. Palavras-chave: AbstractIn 2003 the construction team of the 1st grade of the medical and nursing courses from a medical school began a work aiming at curriculum reconstruction, and restructured cognitive contents and the integration of basic and clinical aspects, in order to adapt to the incentive program for Curriculum Changes (PROMED) which allows for the continuity of curricular innovations. This team worked considering the group dynamics, a method already used in tutorial sessions which teachers have some familiarity with. For a good group performance the team participants were divided into two subgroups: one for constructing educational problems and the other for doing cognitive assessment exercises. The team and the subgroups met weekly, and every 15 days the group met for socialization of information, identifying the strengths and weaknesses of the process and/or products. A good adhesion, an active involvement of participants and satisfaction expressed by each participant with their inclusion in the group were reflected in the final product and contributed to the subjects' commitment to the proposal. This way, in the process the individual transformations and relations in a situation requiring the collaboration of professionals were essential in the process of permanent curricular reconstruction.
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