RESUMOO presente artigo propõe-se a refletir sobre o conceito de escala(s) na Geografia, visando contribuir para o entendimento de que há múltiplos conceitos metodológicos de escala que podem ser aplicados nas pesquisas geográficas, os quais estabelecem vários diálogos possíveis com o conceito de escala geográfica, enriquecendo-o desde que sejam explicitados os limites teórico-metodológicos de cada um. A discussão proposta enfoca as dificuldades teórico-metodológicas de utilização da escala na Geografia em virtude dos múltiplos conceitos que são expressos por uma única palavra -a escala. Dessa forma, são retomados diferentes conceitos de escala encobertos sob o mesmo termo, entre os muitos conceitos já formulados por autores que abordaram a temática, tais como escala cartográfica, escala geográfica, escala operacional, escala topológica, escala topográfica, escala do império e escala da ação. Palavras-chave:Escalas. Conceito. Geografia. Metodologia. Espaço. ABSTRACTThis paper proposes to discuss the scale in Geography, to contribute to the understanding that there are multiple methodological concepts of scale that can be applied in geographical research, which provide many dialogues with the geographic concept of scale, improving it when made explicit the theoretical and methodological limitations of each. The analysis focuses on theoretical and methodological difficulties of using the scale in geography because of multiple concepts that are expressed by one word -scale. Thus, we analyze different concepts of scale uncovered under the same term, among the many concepts already formulated by authors who have studied the subject, such as cartographic scale, geographic scale, operational scale, topological scale, topographical scale, scale of the empire, scale of action.
Esse artigo discute mediações teóricas importantes na compreensão dos novos padrões de estruturação das metrópoles latino-americanas, enfocando o potencial analítico de dois conceitos da Geografia Urbana: segregação socioespacial e fragmentação urbana. As reflexões apoiam-se em revisão de literatura e na análise empírica de uma metrópole em particular (Fortaleza-CE), que apresenta mudanças significativas em sua estrutura espacial. Conclui-se que o processo real que comanda a estruturação das metrópoles latino-americanas é atravessado simultaneamente pela segregação (superpondo e misturando os padrões fractal e centro-periferia) e pela fragmentação espacial (nas dimensões físico-material, sociopolitico espacial e funcional). Abstract SEGREGATION OR FRAGMENTATION SOCIOSPATIAL? NEW STRUCTURING STANDARDS OF LATIN AMERICAN METROPOLISES This paper discusses important theoretical mediations in understanding the new structuring standards of Latin American metropolises, focusing on the analytical potential of two concepts in Urban Geography: sociospatial segregation and urban fragmentation. The reflections are based on literature review and empirical analysis of a metropolis in particular (Fortaleza-CE), which presents significant changes in their spatial structure. We conclude that the actual process that commands the structuring of Latin American metropolises is crossed by segregation (superposing and mixing fractal and center-periphery standards) and the spatial fragmentation (in the physical-material, socio-political spatial and functional dimensions).
Esse artigo analisa o processo de constituição da metrópole Fortaleza, enfocando as dinâmicas de expansão urbana (vetores de metropolização) e de valorização desigual do espaço (reforçada pelo planejamento urbano). O texto estrutura-se em duas partes: na primeira, são apresentados os vetores de metropolização em Fortaleza, que comandaram a expansão urbana da cidade e desenharam a atual estrutura da metrópole; na segunda, analisa-se o planejamento urbano no município sede, destacando seu papel da estruturação metropolitana, resultado do descolamento entre o "discurso competente" do planejamento e a realidade das transformações na metrópole.
Brasil RESUMO O espaço geográfico é produzido para adequar-se ao novo modelo de produção/consumo difundido pela modernização que marca o atual sistema temporal, cujo fundamento encontra-se no nexo entre ordens informacionais, científicas e técnicas. Para a sincronia da funcionalidade do sistema, os objetos geográficos têm que se articular às necessidades dos fluxos, o que é atendido pelos chamados serviços modernos, responsáveis pela circulação de idéias, pessoas e mercadorias. Este artigo trabalha o conceito de reestruturação socioespacial para dar conta dos processos atuais de mudança amalgamados na sociedade que se reproduz e se materializa no território, tomando a referência do Ceará, a partir de 1990. A análise esboçada nos permite trabalhar com a hipótese da constituição de um dissimétrico e hierarquizado espaço de redes, marcado pela superposição de diversas polarizações, cuja conexão se dá pelos serviços modernos, delineando um espaço reticular cada vez mais desigual, seletivo e concentrador nesse subespaço nacional. Assim, julgamos contribuir com as investigações que se propõem a deslindar a geografia do Ceará do século XXI.
O combate ao racismo, as formas de massacre da população negra precisam se fazer presente em todos os espaços. Dessa forma, acreditamos que a escrita e a produção de escritos sobre as questões étnico raciais tornam-se hoje um fator relevante para se estabelecer entre todos os pontos, um lugar de resistência.Pensando por essa ótica, em que a escrita fala da cor, do movimento, fala dos sujeitos e todas as formas nos espaços sociais, acreditamos que criar coletâneas, como essa, é criar mais um espaço para combater o racismo e todas as estruturas que marcam e demarcam o povo negro.Por isso, essa coletânea se torna mais um mecanismo de força e resistência. Combatendo e criando resistência dentro do espaço acadêmico, pois as experiências, compartilhadas, são e serão necessárias, para que outros multiplicadores do movimento de resistência possam estabelecer diálogos raciais, seja no âmbito da sala de aula ou outros em outros espaços em que as questões étnico raciais sejam apontadas como ponto de pauta.Assim, as discussões versadas nessa coletânea reuni experiências que vem sendo desenvolvidas por profissionais da área da educação que apontam caminhos trilhados na problematização das questões étnico-raciais no âmbito da Educação Básica e ensino superior, mostrando experiências, compreensões acerca desse cotidiano escolar principalmente levando em consideração o processo de valorização das identidades.Desse modo, as proposições aqui apresentadas a partir das Ciências Humanas refletem as abordagens das questões relacionadas ao cotidiano escolar, as práticas pedagógicas desenvolvidas a partir das análises e diagnósticos acerca das questões étnico raciais .A força da Lei 10.639/03 vinculada às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana tem propiciado um fazer pedagógico mais voltado para as práticas cotidianas, para o diálogo entre os sujeitos aprendentes do processo educacional: educador/a-educando/a.Esse diálogo tem motivado a necessidade de uma reflexão cotidiana pautada nas histórias vividas do ontem e do hoje, assim como a produção de ações práticas que combata toda forma de racismo e exclusão vivenciada pela população negra e excludente desse país.Nesse sentido, presentamos esses ensaios em que abordam desde as questões didático pedagógico experienciadas em salas de aula na educação básica e ensino superior, passando por registros de olhares sobre a cor, a religiosidade, e análise de perfis étnico raciais afirmados fruto das discussões desenvolvidas nas salas de aula.
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