Resumo: o objetivo deste estudo foi avaliar o pico de torque (PT) isocinético dos músculos extensores e flexores do tronco de mulheres praticantes e não praticantes do Método Pilates na velocidade de 60°/s. Foi encontrada diferença estatística significativa na comparação dos resultados para as duas variáveis: p=0,0084 (flexão) e p=0,0003 (extensão). Os resultados sugerem que o Método Pilates é efetivo para o treinamento dos músculos do tronco, podendo ser utilizado como uma estratégia para o fortalecimento dessa musculatura, diminuindo o desequilíbrio entre a função dos músculos envolvidos na extensão e flexão do tronco. Palavras-chave: Método Pilates, pico de torque, tronco, biomecânica. A força e a estabilidade dos músculos do tronco são a base para a capacidade de poder realizar as diversas atividades diárias básicas. Além disso, um dos principais motivos para o surgimento de dores nas costas podem ser ocasionadas pela falta de equilíbrio entre as forças dos músculos do tronco e o treinamento específico para essa musculatura pode melhorar a postura e diminuir os riscos de lesões e as possíveis dores. AbstractUma vez que o Pilates busca a melhoria das relações musculares, principalmente do tronco, o objetivo deste estudo foi avaliar o pico de torque (PT) isocinético dos músculos extensores e flexores do tronco de mulheres praticantes e não praticantes do método na velocidade de 60°/s.A hipótese desse estudo é que as participantes que praticam Pilates possuem valores de PT isocinéticos de flexão e de extensão de tronco superiores aos valores de PT isocinéticos das participantes sedentárias. Materiais e métodosParticiparam desse estudo 20 mulheres, sendo 10 no grupo Pilates (GP) e 10 no grupo sedentário (GS), com idades médias de 25,9 anos (± 2,01) e 23,6 anos (± 1,39) respectativamente. Os testes foram realizados no Laboratório de Biomecânica da Unesp, Rio Claro e o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da FOP, Unicamp com o CAAE: 64184216.9.0000.5418.As avaliações foram executadas no dinamômetro System 4 PRO (Biodex®) com a realização de cinco repetições concêntricas na velocidade de 60º/s. A trajetória angular do tronco foi de 75° para a flexão do tronco e de 105° para a extensão do tronco. Todas as participantes realizaram três repetições previamente ao teste para a familiarização. Um dispositivo especial (cadeira) foi anexado ao dinamômetro para a realização das avaliações.Foi utilizado o software Matlab® versão 2014 para a realização das análises estatísticas. Primeiramente foi aplicado o teste Lilliefors, para confirmar a normalidade dos mesmos, e após, foi aplicado o teste T de Student para comparar os resultados do pico de torque dos músculos flexores do tronco e dos músculos extensores do tronco entre os dois grupos.