O presente artigo objetiva compor um quadro analítico sobre a produção de geógrafas e geógrafos brasileiros contemporâneos que tenham a temática indígena como um de seus aspectos centrais, a partir da pesquisa e coleta de dados em textos e artigos produzidos sobre essa temática de 2004 a 2016, em congressos da área. Trabalhamos com os Anais do Encontro Nacional de Geógrafos (ENG) e o Simpósio Internacional de Geografia Agrária (SINGA), a partir dos quais organizamos dados quantitativos sobre esta produção, além de analisar com quais conceitos e perspectivas teórico-metodológicas a geografia brasileira vem tratando esses temas. Identificamos um aumento da produção sobre temáticas indígenas na geografia, porém destacamos a necessidade de uma maior convergência entre os estudos dessa área. Este texto constitui-se como um ponto de partida no sentido de conhecer e visibilizar as produções geográficas no Brasil diante das temáticas indígenas, bem como o protagonismo e atuação de geógrafas e geógrafos nesse campo nas últimas décadas. Como citar este artigo:GUERRA, Emerson Ferreira; ARRUZZO, Roberta Carvalho. Geografia e povos indígenas: um panorama da produção brasileira contemporânea. Revista NERA, v. 23, n. 54, p. 115-136, dossiê, 2020.
O estado do Mato Grosso do Sul é palco de um dos mais emblemáticos conflitos fundiários e humanitários envolvendo povos indígenas, fazendeiros e o Estado-nação brasileiro. Políticas de colonização promoveram a desterritorialização indígena e a ocupação agrícola pela propriedade privada da terra nessa região. Acompanhei e registrei um dos vários despejos da comunidade de Apyka’i, liderada pela senhora Damiana Kaiowá, próximo a cidade de Dourados. Essa narrativa visual foi produzida no âmbito do projeto “Os significados das territorialidades: entendendo os conflitos por terra entre os fazendeiros e os Guarani no Mato Grosso do Sul”.
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