O pimentão (Capsicum annuum L.) cultivado no Brasil é caracterizado pela adaptação ao clima tropical sendo sensível à temperatura baixa e intolerante à geada. No Sudeste, o pimentão é normalmente cultivado de meados da primavera a meados do outono, podendo também ser cultivado no inverno em regiões de baixa altitude. Em ambiente protegido, é possível produzir o pimentão durante o ano todo. A utilização da cobertura plástica e cortinas laterais promove alterações na amplitude térmica do solo, evaporação, período de molhamento foliar e, principalmente sobre a temperatura e umidade, que interferem no crescimento e desenvolvimento da planta (Rodrigues, 1997).A análise de crescimento é uma aproximação explicativa, holística e integrativa usada para interpretar a forma e a utilidade da planta (Hunt et al., FONTES (Hunt, 1990). Normalmente, a medida seqüencial do acúmulo de matéria orgânica, considerando-se o peso das partes secas da planta (frutos, caule, folhas e outros) é o fundamento da análise de crescimento.Os índices envolvidos, determinados na análise de crescimento, indicam a capacidade do sistema assimilatório das plantas em sintetizar (fonte) e alocar a matéria orgânica nos diversos órgãos (drenos) que dependem da fotossíntese, respiração e translocação de fotoassimilados dos sítios de fixação de carbono aos locais de utilização ou de armazenamento, onde ocorrem o crescimento e a diferenciação dos órgãos.Portanto, a análise de crescimento expressa as condições morfofisiológicas da planta e quantifica a produção líquida, derivada do processo fotossintético, sendo o resultado do desempenho do sistema assimilatório durante certo período de tempo. Esse desempenho é influenciado pelos fatores bióticos e abióticos à planta (Larcher, 1995).O pimentão necessita de condições adequadas de luminosidade, temperatura, nutrientes, umidade, dentre outros fatores que influenciam os processos fisiológicos e, conseqüentemente, a produção (Martinez, 1994;Rylski et al., 1994). O pimentão, em estufa, durante 165 dias após o transplante, na densidade de 3,3 plantas m -2 , com 2 caules, apresentou altura de 1,92 m, área foliar de 1,18 m 2 planta -1 , acúmulo de matéria seca no caule, folha e fruto de 333, 306 e 86 g m -2 , respectivamente e 14,75 kg RESUMO Caracterizou-se o crescimento, a partição de matéria seca e a produção de pimentão, híbrido Elisa, em ambiente protegido. O experimento foi delineado em blocos casualizados com seis repetições e 16 tratamentos, de março a dezembro, durante 224 dias a partir do transplante (DAT). As mudas foram transplantadas em 27/04, no espaçamento de 1,0 x 0,6 m. Cada tratamento correspondeu a uma época de amostragem, realizada a cada 14 DAT. Em cada amostragem, foram avaliadas as características relacionadas ao crescimento da planta e a produção de frutos maduros. A massa seca na parte aérea atingiu o máximo de 368 g planta -1 , aos 224 DAT. As produções de matéria seca do fruto, caule e folhas aumentaram ao longo do tempo atingindo os valores máximos de 189, 79 e 109 g planta -1 aos 224...
E m região de altitude em torno de 600m do sudeste brasileiro, o pimentão (Capsicum annuum L.) é cultivado durante o período de primavera e outono. Nessa região, em ambiente que apresente efeito estufa, é possível também cultivar o pimentão nos meses de inverno. Em ambiente protegido, é possível encontrar ampla variação nos valores de produtividade (2 a 15 kg m -2 ) (GONTIJO et al., 1993;KLARING, 1999;SILVA et al., 1999;CUNHA et al., 2001). Alta produtividade é, em grande parte, resultado de adequado suprimento, distribuição e acúmulo de nutrientes pela planta.Em ambiente protegido, para maximizar a produtividade das hortaliças, tem sido empregada grande quantidade de fertilizantes orgânicos e quími-cos. No programa de adubação, principalmente com nitrogênio (N) e potássio (K), é necessário definir quanto aplicar em cada fertirrigação para atender a demanda da planta. Redução na produção de pimentão em resposta ao aumento da dose de sais nitrogenados e potássicos FONTES, P.C.R.; DIAS, E.N.; GRAÇA, R.N. Acúmulo de nutrientes e método para estimar doses de nitrogênio e de potássio na fertirrigação do pimentão. Horticultura Brasileira, Brasília, v.23, n.2, p.275-280, abr-jun 2005. Acúmulo de nutrientes e método para estimar doses de nitrogênio e de potássio na fertirrigação do pimentão Paulo Cezar R. Fontes; Emerson N. Dias; Rodrigo N. Graça UFV, Depto. Fitotecnia, 36571-000 Viçosa-MG, Bolsista CNPq; E-mail: pacerefo@ufv.br tem sido associada ao aumento do potencial osmótico da solução do solo. O pimentão é sensível à alta salinidade do meio (CHARTZOULAKIS; KLAPKI, 2000). Alto potencial osmótico da solução do solo implica, principalmente, na redução da absorção de água pela planta e no decréscimo do potencial de água da folha reduzindo a condutância estomática, a assimilação de carbono, o tamanho do fruto, a produtividade e qualidade dos frutos. Além disto, excesso de salinidade no meio aumenta a incidência de podridão apical e reduz a conservação pós-colheita do fruto de pimentão .O manejo de adubação nitrogenada e potássica em casa de vegetação assume papel importante e diferente daquele verificado a campo, exigindo manejo diferenciado pois em ambiente protegido, o ciclo da cultura é mais longo, utiliza-se a fertirrigação, pode haver acúmulo de sais no perfil do solo e obtém-se maior produção de biomassa. Esses fatores influenciam a absorção e o acúmulo de N e K na cultura do pimentão (GUINES et al., 1996;MORENO et al., 1996). Diversos modelos têm sido propostos para predizer a resposta das plantas à aplicação de nutrientes visando estabelecer o requerimento dos mesmos, principalmente nitrogênio (GREENWOOD, 2001). Normalmente, os modelos necessitam de vários parâmetros fisiológicos e edáficos, nem sempre fáceis de serem obtidos. Foi sugerido, para as diversas fases fenológicas do tomateiro, a aplicação de N e K com base no acúmulo diário (FON-TES; GUIMARÃES, 1999). Para essa proposição, os autores basearam-se na taxa de acúmulo diário, derivada da quantidade absorvida do nutriente. Utilizando conceito parecido...
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