Objetivo: Descrever o diagnóstico tardio de um caso de Síndrome de Usher (SU), analisar as manifestações clínicas e classificar a doença utilizando os achados oftalmológicos além de compará-los à literatura atual. Detalhamento do caso: G.A.S mulher de 32 anos, veio à consulta queixando-se de baixa Acuidade Visual (AV) com piora da visão noturna. Apresentava LUPUS, hipertensão arterial sistêmica dislipidemia, hipoacusia neurossensorial em uso de aparelho, cirurgias oculares prévias, faco+lio em 2009 e 2016. Ao exame AV 20/50 no Olho Direito (OD) e 20/60 no Olho Esquerdo (OE) com lentes corretivas, tonometria 10 mmhg OD e 13 mmhg OE, biomicroscopia sem alteração em Ambos os Olhos (AO). À campimetria apresentou, perda de Campo Visual (CV) periférico em AO. À fundoscopia demonstrou discos ópticos pálidos, estreitamento vascular e espículas ósseas em AO. Considerações finais: A SU se caracteriza pela associação de Retinose Pigmentar (RP) e surdez congênita, parcial ou total. É uma doença autossômica, herdada recessivamente. Os achados clínicos juntamente com os exames complementares apoiaram para o diagnóstico de RP e SU subtipo 2. O diagnóstico precoce possibilitaria intervenções que modificariam o curso da doença e assim, reduzir os agravos futuros à saúde da paciente.
Objetivo: Relatar um caso de Vítreo Primário Hiperplásico Persistente (PHPV) posterior e unilateral em uma criança, destacando a importância do diagnóstico precoce para um melhor prognóstico. Detalhamento do caso: Criança de dois anos, masculino, veio ao nosso serviço conduzido pela mãe, referindo que o filho estava com dificuldades para enxergar. Ao exame oftalmológico verificou-se: pupilas simétricas e isofotorreagentes, reflexo vermelho da retina sob midríase binocular, preservado em Olho Esquerdo (OE) e leucocoria no Olho Direito (OD). Retinografia do OE sem alterações aparentes, OD dobras retinianas com aspecto fibroso, opaco, grosseiro e de aparência irregular, cobrindo todo o fundo do olho e envolvendo a região macular. Vasos retinianos centrais não visíveis e na região periférica apresentam baixa nitidez. Ecografia oftálmica do olho direito apresentou ecos de membrana do vítreo primário posterior ao longo do eixo axial, visivelmente aderia ao disco óptico. Considerações finais: Neste estudo, diagnosticou-se tardiamente a PHPV posterior no globo ocular direito. A implicação da conduta foi expectante devido ao quadro evoluído, além das alterações em várias estruturas anatômicas do OD. Advertimos a importância da avaliação ocular nos recém-nascidos, evitando assim, o diagnóstico e tratamento tardios reduzindo lesões futuras com comprometimento estético e visual.
Objetivo: Apresentar um caso de corpo estranho intraocular enfatizando o diagnóstico e tratamento tardio. Detalhamento do caso: Paciente, 71 anos, moradora de área rural, relatou perfuração do globo ocular esquerdo, socorrida em unidade de saúde onde realizaram sutura na córnea. Aproximadamente 131 dias, após sofrer a injúria foi encaminhada ao nosso serviço com queixa de baixa acuidade visual do Olho Esquerdo (OE). Ao exame oftalmológico verificou-se acuidade visual com correção em Olho Direito (OD) 20/20 e OE somente percepção luminosa. À biomicroscopia do OD sem alterações, no OE apresentava cicatriz corneana, leucoma central estendendo até a periferia temporal mostrando a porta de entrada do Corpo Estranho (CE), lesão e suturas na córnea, hiperemia conjuntival e pelo aspecto clínico caracterizando uma episclerite nodular. O cristalino apresentava opacidade central com pigmento de íris. À ultrassonografia do OE, evidenciou massa hiper-reflexiva, pico acústico alto, sugerindo Corpo Estranho Intraocular (CEIO). Considerações finais: Após o diagnóstico, a paciente foi encaminhada para cirurgias e remoção do CE. Assim, deve-se sempre anteceder ao ato terapêutico com exames de imagens capazes de permitirem a correta localização e dimensionamento do CE, para garantir adequado planejamento terapêutico e cirúrgico, de forma que o prejuízo à visão seja reduzido.
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