Vencendo os desafios do crescimento: o método "aprender a crescer" para pequenas e médias empresas brasileiras Na Europa e na América Latina, as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) são a fonte de criação de postos de trabalho e desenvolvimento, atuando em economias cada vez mais turbulentas e baseadas em conhecimento. Para manter a sua competitividade, as PMEs precisam superar os desafios do crescimento existentes em mercados cada vez mais competitivos. Assim, elas precisam desenvolver "capacidades dinâmicas", integrando o seu novo conhecimento, tecnologia e competências para alcançar um crescimento sustentável e qualitativo. Com base em uma identificação e análise de desafios de crescimento no Brasil, este texto apresenta a metodologia "Aprender a Crescer", que foi aplicado com sucesso em PMEs alemãs e está sendo transferido para o Brasil. Os primeiros resultados da sua aplicação no estado de Santa Catarina são aqui relatados. O presente trabalho faz parte de um projeto de pesquisa em andamento financiado pela União Europeia, chamado Sustainable competitiveness of SMEs in turbulent economic and social environments e desenvolvido pelo Programa de Engenharia e Gestão do Conhecimento (EGC), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), do Brasil; pela Universidad Nacional de Rosário, da Argentina; pela Universidad Autónoma de Madrid, da Espanha e pela Wiesbaden Business School, da Alemanha. Palavras-chave:Inovação. PMEs. Aprender a Crescer. Brasil. Alemanha.O Brasil, neste início da segunda década do novo milênio, vem experimentando um contínuo e interessante crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB) anual: de 7,5%, em 2010, a aproximadamente 4%, na atualidade. Nesse período, as 250 PMEs que mais cresceram, elevaram seus faturamentos em cerca de 40% ao ano (DELOITTE, 2011).De 2002 a 2010, a taxa de desemprego no Brasil caiu sistematicamente de 10,5% para 5,3%, grande parte Mesmo com limitados recursos, de toda ordem, essas PMEs souberam, principalmente, garantir a rentabilidade de seus negócios, adaptar a sua estrutura operacional e orgânica, desenvolver produtos e serviços de valor percebível, suportar financeiramente suas operações e projetos, adotar sistemas integrados e estratégicos de gestão, atrair, investir e reter talentos, gerir o conhecimento, promover a inovação e, ainda, alcançar custos e preços competitivos, fortalecendo as suas posições de mercado. Enfim, asseguraram a sua sobrevivência e o seu próprio crescimento.No que tange à gestão do conhecimento, essas PMEs criaram condições para o compartilhamento do conhecimento, não só daquele acumulado e disseminado ao longo da sua existência organizacional, como também, e principalmente, daquele ainda implícito (tácito), de posse individual de seus integrantes, não explicitado, não compartilhado espontânea e horizontalmente com toda a equipe.Fortalecendo suas 'capacidades dinâmicas' (TEECE; PISANO; SHUEN, 1997), isto é, agindo com muita percepção, velocidade e flexibilidade para adaptar o seu negócio às incertezas advindas desse célere desenvolvimen...
ResumoAs pequenas e médias empresas brasileiras, inseridas num mercado altamente competitivo, enfrentando concorrentes de todos os portes e nacionalidades, precisam estar sempre atentas às características intrínsecas dos segmentos em que atuam, de forma a sustentar ou ampliar as suas vantagens competitivas [NORTH, DA SILVA NETO, DÁVILA CALLE, 2013]. Para isso, entre tantas outras competências, o empresário precisa agir com muita visão, velocidade, flexibilidade e percepção na gestão de seu capital intelectual, visando superar os desafios da nova sociedade conhecimento, caracterizada por mudanças rápidas e radicais. Nesse sentido, o presente artigo apresenta algumas formas de interação social em pequenas e médias empresas que, por meio de estímulos, motivação e incentivos, potencializam o compartilhamento e a reutilização de conhecimentos tácitos, fazendo com que a maioria dos funcionários se sintam reconhecidos e úteis à empresa. Um estudo de caso foi realizado em 09 pequenas e médias indústrias de Jaraguá do Sul, no Estado de Santa Catarina, município de economia pujante e com uma das maiores taxas de sobrevivência de empresas no âmbito nacional, onde foi evidenciado indicadores relevantes para o sucesso do compartilhamento do conhecimento tácito em empresas deste porte.Palavras-chave: gestão do conhecimento; conhecimento tácito; PME's. IntroduçãoOs fatores clássicos de produção terra, capital e trabalho eram a base das organizações para gerarem vantagens competitivas no mercado. Hoje, esses fatores não possuem mais tal efetividade, 203 pois um novo mercado se faz presente, em que visa um novo fator de produção, com novas bases em prol de vantagens competitivas, o conhecimento.Tendo as organizações assumido essa nova arquitetura, em que o uso do conhecimento reflete em sua potencialidade, tanto social, quanto econômica, elas serão capazes de conquistar e consolidar sua participação nessa nova economia que se desenha, um mercado globalizado, tendo o conhecimento um papel de destaque, no que se refere à construção e armazenamento do conhecimento por meio da informação ampliada.A construção de um Brasil mais produtivo é condição sine qua non para o País avançar.Assim, cabe às empresas o fortalecimento e a inovação de suas competências, com um crescimento qualitativo e quantitativo, em forma de elevação da produtividade, agregação de valor e inovação.Com a globalização, as empresas só se manterão competitivas, de forma sustentável, se levarem em consideração o fator de produção "conhecimento", de maneira efetiva. De fato, somente com a criação de novos conhecimentos é que as empresas terão a possibilidade de inovar e de enfrentar a concorrência, encarando a customização intensa e os ciclos de vida de produto cada vez mais curtos, a saturação ou o desaparecimento de mercados, bem como o surgimento de novos.Para vencer neste ambiente, em situação de constante turbulência, se faz necessário movimentar dinamicamente todos os recursos de conhecimento da empresa em busca de maior competitividade, diferenciação e, inovação...
A educação superior vem passando por uma transformação substancial em seu modelo gerencial, tanto em nível mundial como no Brasil. Isso é causado, principalmente, pelas diversas lógicas dominantes que se encontram em cada contexto, orientando uma reflexão sistemática sobre sua estrutura gerencial e que se constitui a partir da autoavaliação. Sob esse pressuposto, o artigo busca contextualizar uma reflexão sobre essas mudanças, buscando um entendimento sobre os paradigmas que orientam a perspectiva gerencial na educação superior e sobre as tendências que se apresentam para o segmento em nível mundial e no Brasil. Por meio de uma revisão integrativa que utilizou as bases SCOPUS, EBSCO e SCIELO, considerando também materiais experimentais e empíricos, os 46 artigos utilizados permitem concluir que há uma tendência paradigmática dicotômica quando se consideram os contextos estudados. Enquanto em nível internacional a lógica predominante é a interpretativista, no Brasil, em função da forte influência da lógica mercantil na educação superior, há uma tendência funcionalista, somativa e regulatória, fortalecendo o controle do estado no contexto da educação superior.
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