ResumoA Saúde coletiva tem sido um dos principais objetivos da estratégia da Saúde da Família. Este Programa vem executando suas ações numa perspectiva transdisciplinar, favorecendo um projeto assistencial que busca atender e minimizar as necessidades de saúde da comunidade onde atua. O presente estudo pretende discutir este tipo de estratégia, tornando explícito o papel dos envolvidos, na construção deste modelo assistência comunitária em saúde. Palavras-chave: Saúde da família, Programa Assistencial, Saúde Comunitária IntroduçãoA importância do trabalho em equipe nos Programas de Saúde da Família, é sempre evidenciado, pois trata-se de um trabalho, onde o principal aspecto integrador são os cuidados de saúde. Atualmente esta estratégia é um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). No início do Século houve uma grande preocupação com consolidação de um novo modelo de atenção à saúde no Brasil. Para alguns autores (MATTOS, 2001(MATTOS, , 2003 CECÍCLIO, 2001), este modelo deveria ser repensado, de forma a com a concepção de integralidade como um pois a saúde precisava incluir aspectos subjetivos resultantes da interação entre os envolvidos. Rocha (1997) afirma que após a consolidação da Constituição Brasileira, por volta de 1988 em diante, foi um período de tensão entre o SUS e o modelo neoliberal na área da saúde representado entre outros aspectos pela redução de gastos públicos, incentivos às atividades privadas e de mercado. O projeto reformador da saúde, consolidado na Reforma Sanitária brasileira, deparou-se assim, no início dos 90, com o forte conflito entre os desejos de mudanças oriundos de sua proposta original e a dura realidade política-econômica-social do período, o que resultou em maiores dificuldades para a implementação do sistema.O Programa Saúde da Família -PSF foi criado em 1994, e já nos seus primeiros anos de existência foi marcado por inquietações e críticas à sua proposta (PAIM, 2001).