A criação do estado do Amapá (1988), a constituição da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana (1992), elevados índices de migração desde a década de 1980 e crescimento econômico no decorrer da primeira década do século XXI, colaboraram, entre outros, para promover alteração no ritmo de urbanização nessa porção do espaço amazônico. Foi a partir desse contexto político e socioeconômico, que as cidades de Macapá e Santana localizadas na margem esquerda da Foz do Amazonas, passaram a configurar como os principais centros urbanos da Amazônia Setentrional Amapaense (ASA). Praticamente conurbadas concentram atualmente 75% da população do Amapá e exercem influencia sobre o território desse estado e de alguns municípios paraenses. É nesse sentido que esse artigo objetiva discutir a dinâmica urbana de Macapá e Santana com ênfase na estruturação e reestruturação da cidade e do urbano, analisados a partir da perspectiva da teoria da polarização, do estruturalismo e da lógica de um aglomerado urbano, resultado, sobretudo, das complementaridades urbanas entre a capital de estado e a cidade portuária, considerando que essa sub-região não possui acesso rodoviário. Destaca-se enquanto técnica de pesquisa os trabalhos de campo e a produção cartográfica, que permitiu levantamento de dados diretos sobre o crescimento vertical de Macapá e aos loteamentos residenciais ao longo dos eixos de expansão, os quais foram espacializados na malha urbana e interurbana. Esses e outros processos socioespaciais tem produzido uma nova forma urbana das cidades em questão, marcada por mudanças e permanências, principalmente ligadas à nova dinâmica do capital na ASA. PALAVRAS-CHAVES | Aglomerado Urbano de Macapá e Santana, Forma Urbana, Processos socioespaciais, Reestruturação Urbana e Reestruturação da Cidade.
Localizada na extremidade setentrional do Brasil Colônia, as Terras do Cabo Norte no decorrer da segunda metade do século XVIII sofreram influência direta da Política Pombalina em seu território. Esta política atuou na implantação de atividades produtivas e na criação de rede de vilas e cidades na região. Este artigo tem como objetivo analisar determinadas relações socioespaciais nas terras do Cabo Norte, sobretudo, a caracterização e relação existente entre sua rede de pequenas vilas, atividade produtiva e dinâmica de circulação. No canal norte do Golfão Marajoara, a Vila São José de Macapá exerceu a centralidade na distribuição de mercadorias para as demais vilas e de envio da produção regional para a Cidade de Santa Maria de Belém do Grão Pará. A partir de uma abordagem geográfica sobre a compreensão de importantes obras que tratam desta dinâmica na região supracitada, o seguinte trabalho se baseia em argumentos desenvolvidos em Marin (2005), Ravena (2005), Vidal (2008), Araújo (1998), e Costa (2018).
Cidades Amazônicas: formas, processos e dinâmicas recentes na região de influência de Belém cumpre uma primeira função que é, nas palavras de seus organizadores, “a divulgação da produção científica originada da linha ‘Análises socioespaciais e territoriais das cidades na Amazônia’, uma das duas componentes do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UEPA.” O livro apresenta um recorte específico, que são os espaços urbanos da Região de Influência da Metrópole de Belém. Para dar conta da diversidade das pesquisas aqui reunidas, o livro é dividido em três partes: I – Formas Urbanas Complexas na Região de Influência de Belém; II – Processos e Dinâmicas Recentes do Urbano; III – Dinâmicas Socioambientais em Espaços Urbanos. Esta publicação inaugura a Coleção Beira, uma parceria entre o PPGG-UEPA e a Eduepa com vistas à publicação de pesquisas voltadas para as problemáticas socioespaciais, buscando contribuir para a compreensão das realidades e processos resultantes da relação sociedade-natureza.
Semelhante às da narrativa de Frei Gaspar de Carvajal, de meados do século XVI , outras mulheres guerreiras avançam em suas pequenas montarias em direção às embarcações regionais a fim de garantir suas permanências no maior rio do planeta. Para além da lenda das Amazonas, essa é uma história real presenciada na viagem fluvial entre Belém e Macapá. História que se confunde com a de outros passageiros que migram em definitivo ou temporariamente para a fronteira setentrional da Amazônia. É nesse vai e vem como que no movimento das marés, e diante da necessidade econômica cada vez maior, que múltiplas trajetórias geográficas se encontram no vasto estuário amazônico. Assim, uma espacialidade se constitui com a articulação entre formas sociais quase primitivas e modernas relações socioeconômicas. Aparentemente contraditórias, elas contribuem para a produção das particularidades no espaço ribeirinho Amazônico.
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