Frutas e outros vegetais são apontados como fontes naturais de compostos bioativos e antioxidantes. Atualmente o melão brasileiro é uma das frutas de produção mais expressiva no país com níveis de exportação da ordem de 200 mil toneladas/ano. A qualidade exigida pelo mercado importador vem ocasionando a rejeição de muitos frutos que poderiam ser direcionados ao mercado interno, tornando evidente a necessidade de estudar seu potencial para agregar valor mediante o seu aproveitamento. O objetivo deste estudo foi caracterizar polpas e cascas de melões (Cucumis melo L.) dos tipos Amarelo, Gália, Pele de Sapo (Verde), Cantaloupe, Honeydew (Orange) e Matisse (Snow Leopard) através de análises da composição centesimal e aminoacídica, do conteúdo de carotenoides e fenólicos totais, estimativa da capacidade antioxidante (DPPH e ORAC), e da adequação de um método analítico para quantificação da glutationa reduzida (GSH) -que desempenha múltiplas funções, com destaque na manutenção do equilíbrio redox celular. A determinação da GSH utilizou técnica cromatográfica em coluna de fase reversa e detecção por fluorescência (CLAE-FD). Os frutos apresentaram concentrações variadas de GSH em suas polpas (1,52 a 6,05 nmol g -1 ), com o melão Amarelo apresentando a maior concentração, seguido dos melões Gália e Cantaloupe. As cascas apresentaram conteúdo de GSH de 1,41 a 3,67 nmol g -1 , valores inferiores às concentrações encontradas nas polpas, com exceção do melão Matisse cujo conteúdo na casca correspondeu ao dobro do encontrado na polpa.Cascas e polpas revelaram conteúdos consideráveis de aminoácidos. A somatória indicou para polpas, equivalente protéico de 4,42% a 9,12%. Nas cascas o valor mínimo foi de 6,63% e o máximo de 11,11%. Os teores de fibra alimentar nas polpas foram de 6 a 9% e nas cascas de 36 a 50%. Os teores de carotenoides totais nas polpas dos melões Cantaloupe e Orange foram 33,8 e 38,9 mg 100g -1 , respectivamente, e nas demais variedades os valores foram inferiores a 1,2 mg 100 g -1 . Nas cascas o Verde apresentou 71,2 mg 100g -1 e o Cantaloupe 35,2 mg 100g -1 , os demais tipos apresentaram valores inferiores a 8,5 mg 100g -1 . Todos os frutos apresentaram altos teores de compostos fenólicos totais, com predominância nas cascas. As polpas variaram de 248 a 334 mg equivalente ácido gálico (GAE) 100g -1 .Nas cascas o maior teor foi para o Matisse 1048 mg GAE 100g -1 seguido do Verde Resumo com 714 mg GAE 100g -1 , e as demais variaram de 430 a 550 mg GAE 100g -1 . Na atividade antioxidante (DPPH) em base úmida, o valor encontrado de concentração eficiente (EC50) nas polpas foi de 4,6 a 7,6 mg mL -1 e para as cascas de 0,5 a 4,0 mg mL -1 . No ensaio ORAC (base úmida), o valor obtido foi de 14 µM TE 100 g -1 nas polpas do Cantaloupe,
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