Resumo No presente texto, a narrativa do filme Bye Bye Brasil (Carlos Diegues 1979) nos serve de guia para discutir uma noção de progresso que se propaga por contextos diversos, e que se torna particularmente saliente em certos momentos históricos. No que diz respeito ao processo de colonização da Amazônia, e da região de Altamira em particular, encaramos dois momentos-chave em que o conceito é mobilizado: a abertura da rodovia Transamazônica e, cerca de quarenta anos mais tarde, a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Partindo do papel particular que a noção assume na colonização de Altamira, minha intenção é encarar a noção de progresso em um duplo aspecto: como uma forma de compreender e expressar a passagem do tempo em uma espécie de filosofia da história condensada e difusa e, por outro lado, como uma metáfora potente que associa o domínio do tempo ao da ação humana.
Em Tristes trópicos, Lévi-Strauss faz uma analogia entre a civilização ocidental e a monocultura de beterraba; esta imagem contrasta com a quantidade e diversidade de sabores tropicais descritos no livro, análogo a uma diversidade cultural ainda visível nas Américas. A partir dessa oposição, buscamos refletir sobre as forças de homogeneização e heterogeneização presentes nas relações entre as sociedades humanas, segundo o modelo de progresso descrito pelo autor em “Raça e história”. O objetivo é compreender o papel que o conceito de etnocentrismo desempenha nesta proposta, em seu desenvolvimento em “Raça e cultura” e na obra de Lévi-Strauss de maneira geral.
Em Tristes Trópicos, Lévi-Strauss faz uma analogia entre a civilização ocidental e a monocultura de beterrabas; a imagem contrasta com a quantidade e diversidade de sabores tropicais descritos no livro, análogo a uma diversidade cultural ainda visível nas Américas. A partir desta oposição, buscamos refletir sobre as forças de homogeneização e heterogeneização que estariam presentes nas relações entre as sociedades humanas, segundo o modelo de progresso descrito pelo autor em “Raça e História”. O objetivo é compreender o papel que o conceito de etnocentrismo desempenha nesta proposta, em seu desenvolvimento em “Raça e Cultura” e na obra de Lévi-Strauss de maneira geral.
O artigo investiga a noção de meio a partir da análise de filmes de Werner Herzog. Aposta-se que sua obra é um ponto de partida interessante para discutir relações entre o humano e o meio, especialmente relações que passam por composições do humano com o mundo mais-que-humano, que anima suas ações. A intenção é, tomando inspiração no procedimento do próprio Herzog em relação aos temas que ele filma, encontrar um conceito de meio que permita, no campo da Antropologia, pensar ligações do humano com aquilo que o cerca sem que seja necessário lançar mão de uma ideia transcendente e unitária de Natureza.
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