RESUMOO objetivo do presente estudo foi compreender o processo de vivenciar o cuidado aos idosos com doença de Alzheimer. Tratou-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa. Os sujeitos da pesquisa foram oito cuidadores familiares de pessoas idosas com Alzheimer, residentes nas áreas de abrangência pertencentes a duas Unidades Básicas de Saúde localizadas no município de Maringá-PR. Os dados foram coletados entre julho e agosto de 2015 por meio de entrevista semiestruturada. Da análise temática dos dados emergiram três categorias: "O diagnóstico de doença de Alzheimer no idoso e as mudanças no cotidiano do cuidador familiar"; "Percepção do cuidador familiar sobre as alterações cognitivas e comportamentais na doença de Alzheimer"; "Preocupações vivenciadas pelos cuidadores familiares no dia a dia com o idoso". Foi constatado que a vivência do processo de adoecimento gera sofrimento, tristeza e insegurança, trazendo grandes mudanças no contexto familiar. O enfermeiro, além da assistência ao idoso com DA, pode oportunizar diálogos e definição conjunta de estratégias de cuidados para a convivência com a doença.Palavras-chave: Doença de Alzheimer. Saúde do Idoso. Envelhecimento. Cuidadores. Cuidados de Enfermagem. INTRODUÇÃOO envelhecimento populacional é uma realidade conhecida em todo o mundo, que vem ocorrendo de forma abrupta nos países em desenvolvimento, como o Brasil. A queda da fecundidade e da mortalidade e o aumento da expectativa de vida são responsáveis pela mudança na pirâmide etária brasileira. Juntamente com a transição demográfica, observa-se uma transição epidemiológica, em que as doenças e agravos não transmissíveis (DANT) predominam sobre as doenças infecciosas e parasitárias, embora essas últimas ainda participem da carga de doenças no país (1) . Entre as DANT, destacam-se as demências, das quais a Doença de Alzheimer (DA) é a mais prevalente, correspondendo a 60% dos casos (1) . A DA é entendida como uma doença neurológica progressiva e irreversível, decorrente de degeneração do tecido nervoso, caracterizada por alterações da função cognitiva, do comportamento e do afeto, podendo impactar de maneira expressiva nas atividades da vida diária (2) . Na população idosa, é a principal causa de dependência funcional, institucionalização e morte (3) . Nos últimos anos tem aumentado de forma progressiva o número de famílias que cuidam de pessoas idosas com algum tipo de dependência, principalmente quando esta é provocada pela DA (4) . A maior parte dos cuidados a esse idoso é realizada no domicílio e, apesar de comprometer todos os integrantes da família, há um familiar que, normalmente, assume a responsabilidade pelo cuidado, o qual é denominado cuidador principal (5) . O cuidador é aquele que presta os cuidados à pessoa idosa que apresenta alguma dependência. As suas tarefas envolvem o acompanhamento nas atividades diárias, cuidados básicos, como higiene pessoal, auxiliar na medicação, alimentação, mobilização, e acompanhamento a serviços de saúde visando melhorar a qualidade...
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