O corpo docente dos cursos de Tecnologia em Radiologia é formado majoritariamente por Bacharéis e Tecnólogos, estes professores não têm em sua graduação, disciplinas voltadas à docência, portanto não são, profissionalmente, preparados para atuarem como professor na sua formação inicial. Dessa forma, é comum que dificuldades surjam no processo ensino-aprendizagem, especialmente no início da atividade docente. Esta pesquisa tem como objetivo identificar as necessidades formativas para desenvolvimento de práticas didático-pedagógicas de professores dos cursos de Tecnologia em Radiologia, analisando e refletindo sobre o perfil destes docentes relacionando ao processo ensino-aprendizagem emergentes das suas práticas em sala de aula. Trata-se de uma revisão bibliográfica, onde procurou-se entender o perfil dos docentes dos cursos de Tecnologia em Radiologia e associar às suas práticas docentes e necessidades formativas. Foi realizado um estudo a partir de artigos publicados nas bases de dados Scielo, Lilacs e Pubmed no período 1998 a 2020 no idioma português, a partir da combinação dos descritores: Docente, Formação Inicial, Formação Pedagógica, Práticas Didático-pedagógicas, Processo Ensino-aprendizagem. Observou-se que o conhecimento pedagógico isoladamente não consegue tornar o processo ensino-aprendizado eficaz, uma vez que o domínio técnico e científico colabora ativamente com a construção das bases tecnológicas repassadas aos discentes. O professor do curso de Tecnologia em Radiologia precisará contemplar conhecimento científico, técnico, prático e pedagógico para aprimorar o desempenho em seu trabalho docente. É importante que o professor prossiga na formação continuada e faça um aprofundamento teórico-metodológico dos conhecimentos em sua formação profissional além da aquisição de conhecimentos pedagógicos.

Objetivo: Avaliar a prevalência de erros radiográficos em radiografias periapicais de uma clínica de Odontopediatria em uma instituição de ensino superior de Teresina-Piauí. Métodos: Tratou-se de estudo transversal retrospectivo. Foram coletados dados sociodemográficos e radiográficos (localização e presença de erros de técnica radiográfica, processamento e armazenamento). As radiografias foram analisadas por um único examinador calibrado (kappa > 0,80). Foi realizada análise descritiva dos dados, teste Qui-Quadrado, razão de prevalência não-ajustadas (RPnãoajust) e intervalos de confiança (IC 95%). Considerou-se significativo valor de p < 0,05. Resultados: Das 208 radiografias analisadas, 187 (89,9%) possuíam algum tipo de erro. O erro mais prevalente foi de técnica radiográfica (n = 115; 55,3%). Entre esses, a radiografia tremida foi o mais frequente (n = 57; 28,4%). O erro de processamento mais frequente foi presença de digitais (n = 37; 17,8%). Todos os erros de armazenamento (n = 89; 100%) estavam relacionados a não identificação do paciente. O erro de técnica esteve associado com os pacientes de idade menor que 5 anos (RPnãoajus = 1,2 IC95% 1,1-1,3) comparando com idade entre 6 e 10 anos. Não houve associação entre tipo de erro radiográfico e a dentição avaliada nas radiografias (p > 0,05). Conclusão: A quantidade de erros detectados neste estudo foi alta e o mais frequente foi quanto à técnica radiográfica mal executada. Todos os erros de armazenamento observados foram devido a não identificação do paciente. Há uma maior frequência de erros de técnica radiográfica em pacientes com menos de 5 anos se comparados aos de 6 a 10 anos.