São avaliados o comportamento fenológico de nove indivíduos de Bertholletia excelsa Bonpl. (castanheira do Pará), por meio das fenofases: floração, frutificação/disseminação e mudança foliar no município de Mazagão, Estado do Amapá. O trabalho foi realizado por meio de monitoramentos mensais, durante o período de 28 meses. A espécie Bertholletia excelsa apresentou tendência ao padrão reprodutivo anual. A floração ocorrendo, predominantemente, durante a estação chuvosa, com pico no mês de abril. A frutificação mostrou-se anual e longa, com maior incidência de frutos maduros nos meses de outubro a dezembro. Já a disseminação dos frutos coincidiu com o desenvolvimento dos mesmos, obtendo maior desenvolvimento na estação chuvosa, com pico no mês de fevereiro. Quanto à mudança foliar a espécie apresentou padrão perenifólio com maior queda de folhas durante o período de menor precipitação pluviométrica. Palavras-chave: Fenofases. Floresta tropical. Pluviometria.
RESUMOEm comunidades tradicionais e assentamentos rurais da Amazônia são comuns os processos de manejos com intuito de disponibilizar madeira para pequenas construções e diversos produtos florestais não madeireiros (PFNMs), como os frutos e plantas utilizadas na medicina popular. Sendo assim, objetivou-se descrever os aspectos florísticos e o potencial de utilização das espécies florestais de um fragmento de floresta ombrófila densa aluvial situada no estuário amazônico, Foz do Rio Mazagão, Estado do Amapá. Para conhecimento da estrutura florestal foram inventariadas 19 parcelas (3 ha de área total inventariada). Foram obtidos os dados dendrométricos como a altura total e circunferência, com nível de inclusão de circunferência à altura do peito (CAP) ≥ 30cm. Para avaliar o potencial de utilização madeireira, aplicou-se formulários para levantamento de informações socioeconômicas dos assentados, além da obtenção de informações na literatura existente sobre o assunto. A família com maior riqueza de espécies na amostragem total foi: Fabaceae com 17 espécies (26,15%). Dentre as espécies mais abundantes, a Mora paraensis (Ducke) Ducke (260), Pentaclethra macroloba (Willd.) Kuntze (104), Calycophyllum spruceanum (Benth.) Hook. f. ex K. Schum. (62) contribuíram com 426 indivíduos, 48,1% da densidade total amostrada. O H' para a área total foi de 2,959 nats/indivíduo, indicando que esse ambiente florestal apresenta diversidade florística compatível com o ecossistema de várzea. PALAVRAS -CHAVE: Etnoespécie, fitossociologia, manejo florestal.
O estudo avaliou a composição florística e a diversidade da vegetação do trecho denominado Alto Cajari, na Reserva Extrativista do Rio Cajari, abrangendo os municípios de Mazagão, Laranjal do Jari e Vitória do Jari no estado do Amapá.Foram alocadas 27 parcelas de 20 x 100 m, totalizando uma área amostrada de 5,4 hectares. Em cada parcela foi realizada a identificação e contagem do número de indivíduos com DAP ≥ 9 cm.As tipologias vegetais encontradas no Alto Cajari são predominantemente dos ecossistemas de floresta ombrófila densa e savana amazônica. Nas 27 parcelas foram amostrados 437 indivíduos, 34 famílias e 74 espécies. Fabaceae (15 espécies), Anacardiaceae (5), Lauraceae e Myrtaceae (4) se sobressaíram em riqueza de espécies. As espécies que mais se destacaram foram Cecropia palmata Willd. (28), Byrsonima crassifolia (L.) Kunth (22), Himatanthus articulatus (Vahl) Woodson (21), Spondias mombin L. (19), Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth.& Hook. f ex S. Moore (18) e Trattinnickia rhoifolia Willd. (18).
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