Este artigo objetiva acompanhar, problematizar e analisar uma oficina imersiva para discutir as possibilidades de produção de breakdown em relação a questões de gênero e de sexualidade com um grupo de graduandas em pedagogia. A teoria da enação contribui para a compreensão dos processos de aprendizagem para além da ênfase representacional, acentuando seu caráter enativo, imersivo e corporificado. Por vezes, hábitos e discursos moralizantes acabam definindo a disposição para a ação diante de situações relacionadas ao gênero e à sexualidade. A oficina apresenta uma narrativa distópica na qual crianças e adolescentes consumiram, durante os anos de 2020 a 2030, alimentos com moderadores de gênero. Os participantes da oficina são convidados a avaliarem os efeitos desse consumo. Os resultados apontam para o potencial imersivo da oficina, levando os participantes a uma troca afetivo-cognitiva através da qual é possível problematizar padrões de gênero e sexualidade.Palavras-chave: Pesquisa-Intervenção. Narrativas Imersivas. Oficina. Teoria da Enação.
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