A discussão acerca dos desastres vem ganhando destaque no noticiário mundial. No Brasil, essa situação vem causando intensa preocupação em virtude das perdas e graves consequências de tal acontecimento. Atentos ao cenário nacional, comprometidos socialmente, psicólogos discutem essa temática, buscando sistematizar intervenções para oferecer suporte emocional às vítimas de desastres. Em Teresina, as enchentes de 2009 inundaram muitos pontos da cidade, trazendo prejuízos aos moradores dos bairros mais afetados. Diante disso, objetivou-se investigar quais as perdas vivenciadas e as consequentes reações psicológicas de vítimas da enchente ocorrida no ano de 2009. Propôs-se, também, a pontuar os dispositivos subjetivos criados pelos membros comunitários para enfrentamento da crise e de suas consequentes perdas. Os conteúdos emergentes na pesquisa sugerem maior atenção à saúde mental de pessoas atingidas por desastres, bem como a necessidade de mais pesquisas na área para respaldar as intervenções realizadas neste contexto.
Resumo A dependência química é entendida pela ciência como um fenômeno complexo, multifatorial e polêmico. Embora o consumo de substâncias psicoativas e os problemas dele decorrentes sejam comuns nos diferentes gêneros, faixas etárias, classes econômicas e grupos sociais, esses constructos atuam de modos diferentes considerando seu papel nas estruturações das subjetividades e relação destas com o meio social. Buscou-se, nesse estudo, compreender a relação entre questões de gênero e dependência química partindo da percepção de mulheres que buscaram acompanhamento em saúde por adicção. Trata-se de pesquisa qualitativa realizada com mulheres dependentes de substâncias psicoativas, sendo estas lícitas - como álcool, tabaco e medicamentos - e ilícitas - como maconha e cocaína. A análise das entrevistas teve como base a análise de conteúdo de Bardin, embasada por estudos sobre gênero e dependência química. Os resultados demonstram que as questões de gênero marcam fortemente as percepções femininas de si, da forma como os papéis de mulher são ou não exercidos no movimento da dependência química e de como a sociedade valida seus comportamentos. Evidências deste estudo permitem inferir que as questões de gênero perpassam as vivências atreladas à dependência química, singularizando a relação da mulher com a droga.
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