O nutricionista é um profissional importante na implementação de ações de promoção, tratamento e reabilitação da saúde. Porém, sua participação na Atenção Básica (AB) é reduzida. A cidade de São Paulo vem passando por um processo desigual de urbanização, produzindo novas situações de insegurança alimentar e nutricional. Este trabalho analisará a atuação do nutricionista na AB em um grande centro urbano. Trata-se de estudo de abordagem quantitativa no qual foram utilizados dados populacionais da Secretaria Municipal de Saúde e um questionário semiestruturado aplicado em entrevistas individuais. Encontraram-se 123 nutricionistas atuando na rede Básica de Saúde e 51 em Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). Todas as regiões do município apresentaram-se com menor número de nutricionistas quando comparada à recomendação do Conselho Federal de Nutricionistas. Em 57,3% dos NASF do município identificou-se a presença deste profissional. Cada nutricionista de NASF acompanha, em média, 7,1 equipes de saúde da família. As faixas etárias que correspondem à infância são as atendidas com menor frequência pelos nutricionistas das UBS e dos NASF. Comparando-se as atividades desenvolvidas, observa-se a transição de um modelo de assistência primária centrado no atendimento individual para um que prioriza o atendimento em grupo.
Resumo A garantia do direito à saúde no Brasil tem sido bastante discutida nos últimos anos, entretanto, esse é um debate antigo, ao qual este artigo busca resgatar. O objetivo deste estudo é apresentar as contribuições da socióloga Amélia Cohn referentes à Reforma Sanitária Brasileira (RSB), para discutir a atualidade de suas questões e refletir sobre a relação entre saúde e democracia. As teses de Cohn sobre a RSB são discutidas com base nos textos de sua autoria, publicados entre 1989 e 2013. A partir da ideia de “declínio do campo da RSB”, buscou-se sistematizar o conjunto das suas críticas nos diferentes períodos históricos. Enfatiza-se que, já em 1992, a autora afirmou o esgotamento da RSB. No contexto de implantação do SUS na década de 1990, apontou a necessidade de elaboração de um novo projeto de saúde para o país. Na década seguinte, Cohn reconheceu a perda do protagonismo na saúde devido à despolitização do campo da RSB no processo de implantação do SUS, o que fragilizou a distinção entre as novas formas de acumulação de capital - a incorporação da racionalidade de mercado na produção e a oferta de serviços e a garantia do direito à saúde.
Esta é uma revisão de literatura que teve por objetivo sistematizar a produção científica e bibliográfica especializada acerca da avaliação de bancos de alimentos públicos, de acordo com os aspectos relativos ao seu funcionamento. As buscas foram realizadas a partir de bases e repositórios científicos e de sites governamentais, de instituições públicas e da sociedade civil, cujas agendas estão relacionadas à Segurança Alimentar e Nutricional, no período de 2010 a 2020. Foram localizadas 240 publicações e, após exclusão dos estudos que não atendiam aos critérios de inclusão, seis estudos permaneceram na seleção. Foram identificados oito aspectos avaliados: gestão; público atendido e entidades beneficiadas; articulações; doadores; infraestrutura; alimentos; controle higiênico-sanitário; ações complementares. Os resultados dos estudos apontaram: baixa institucionalidade dos bancos de alimentos junto ao poder público; recursos humanos insuficientes, insustentáveis e com alta rotatividade; relação com entidades beneficiadas limitada à doação de alimentos; ações educativas principalmente de capacitação para manipuladores de alimentos; fragilidade na relação com doadores; necessidade de melhorias na infraestrutura; inadequações às regulamentações higiênico-sanitárias; e forte relação com o Programa de Aquisição de Alimentos. Os estudos de avaliação contribuíram com a identificação de pontos críticos para o avanço e sustentabilidade dos bancos de alimentos no país.
AGRADECIMENTOSAgradeço a todos que me apoiaram e estiveram comigo durante esse percurso, especialmente:Minha família, pela amizade e pelo apoio.A professora Aurea, por sua orientação e pelos ensinamentos.O professor André Mota, pelos diálogos e pela disponibilização de sua entrevista com Amélia Cohn.Os membros do meu grupo de pesquisa, pela riqueza dos nossos debates, importantes em minha formação.A Comissão Julgadora desta dissertação, pelas contribuições. Todos os meus amigos, principalmente: Denise, Rubem, Ricardo, Isabela, Ailton, Érico e Daniel, pelas sugestões e risadas. As queridas amigas: Juliana Flor, Bianca, Kátia, Laís e Cléria, pela presença constante em minha vida. O Ivan e o Adriano, por acreditarem em mim e me incentivarem na realização deste mestrado. O CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), pela bolsa de estudos, o que possibilitou minha dedicação aos estudos. RESUMO SILVA. E. R. O pensamento de Amélia Cohn sobre a Reforma Sanitária Brasileira. 2019. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) -Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo.A Reforma Sanitária Brasileira (RSB) tem sido bastante estudada pelo campo científico da Saúde Coletiva. Recentemente, novos estudos retomam sua trajetória e, assim, têm estimulado discussões sobre seu futuro. Este trabalho buscou valorizar este tema e o pensamento de uma de suas pesquisadoras e personagens, a socióloga Amélia Cohn. Devido à relevância de suas contribuições teóricas e a inexistência de trabalhos sobre esta autora, o objetivo desta dissertação foi compreender o pensamento de Amélia Cohn sobre a Reforma Sanitária Brasileira, a partir de um conjunto de seus textos, publicados ao longo de 24 anos. Para tanto, elaboraram-se as seguintes temáticas para análise dos quatro textos principais: a "definição" construída por Amélia Cohn sobre a RSB, o protagonismo político no interior do movimento da RSB, as características das estratégias políticas do movimento da RSB, os objetivos da RSB e o alcance de suas propostas, a produção de conhecimentos do campo da RSB, e a questão democrática para o campo da RSB. Concluiu-se que a autora buscou analisar esse tema de modo amplo, avaliando diferentes aspectos e priorizando em sua avaliação sobre os rumos da RSB a relação concomitante entre a produção de conhecimentos do campo e suas propostas e ações políticas. Além disso, ela considerou a RSB das décadas de 1960, 1970 e 1980 como a experiência de referência para suas reflexões. Dessa forma, elaborou em 1992 sua tese principal sobre o esgotamento da reforma sanitária e, em 2013, a tese sobre a renúncia do campo a um projeto de saúde para o país. Portanto, entende-se que Amélia Cohn buscou identificar pluralidade teóricopolítica no movimento e no pensamento da RSB, incluindo-se o campo da Saúde Coletiva, e propôs a autoconfrontação dos projetos do campo em suas análises. Palavras-chave: Reforma Sanitária Brasileira. Amélia Cohn. Pensamento social em saúde. Ciências sociais em saúde. ABSTRACT SILVA. E. R. Amélia Cohn's thought abo...
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