O presente estudo parte do seguinte problema de pesquisa: qual o conhecimento dos dentistas da atenção primária sobre anomalias craniofaciais e quais as possíveis necessidades educacionais, necessárias para melhorar o cuidado a esses usuários nesse nível de atenção? O trabalho em questão vem servir de subsídio para a construção de estratégias educacionais na temática das anomalias craniofaciais voltadas para cirurgiões-dentistas. Para tal, foi realizada a Fase de análise do modelo ADDIE de Desenho Instrucional, que é uma ferramenta capaz de desenvolver atividades educacionais de uma forma sistemática e coerente. O trabalho teve por objetivo fazer uma análise do conhecimento e dificuldades dos cirurgiões-dentistas no atendimento a pacientes com anomalias craniofaciais na APS compondo a fase de análise do modelo ADDIE de Desenho Instrucional. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa que utilizou a entrevista semiestruturada com roteiro previamente elaborado. Seguiu a análise de conteúdo recomendada por Minayo, resultando em quatro categorias: Conhecimentos teórico-práticos das anomalias craniofaciais, Conhecimentos sobre o cuidado de pessoas com anomalias craniofaciais, Dificuldades no atendimento e Educação na saúde. As narrativas permitem supor uma abordagem insuficiente sobre anomalias craniofaciais durante a formação acadêmica e que as fissuras de lábio e/ou palato são as anomalias mais conhecidas pelos participantes e concordam que existe a necessidade de cursos de capacitação para melhorar a ampliar o conhecimento sobre o tema. A fase de Análise do Modelo ADDIE de Desenho Instrucional permitiu identificar as seguintes necessidades educacionais: explicar conceitos referentes às anomalias craniofaciais mais frequentes, bem como suas características clínicas e odontológicas; manejo odontológico do paciente com anomalia craniofacial; destacar o papel do cirurgião-dentista da APS na reabilitação desses usuários em parcerias com os serviços de referência no tratamento dessas anomalias.
Introdução: As anomalias craniofaciais não constam como prioritárias nas linhas de cuidado da atenção primária e seu tratamento é oferecido em centros de referência especializados. Contudo, há a necessidade de formação para que cirurgiões-dentistas estejam aptos a realizar o atendimento e o acompanhamento odontológico do indivíduo com a anomalia craniofacial, reduzindo seu itinerário terapêutico. Corroborando com a proposta de Educação permanente no SUS, optou-se pela modalidade EaD online para qualificação profissional de forma indissociada de sua prática sem limitações de tempo e espaço. Objetivo: descrever o processo de desenvolvimento de um curso a distância sobre anomalias craniofaciais para cirurgiões-dentistas da atenção primária. Métodos: Foi adotada a terceira etapa (fase de desenvolvimento) do modelo ADDIE. A etapa de elaboração envolveu o momento da definição, das estratégias de ensino, dos recursos didáticos, das ferramentas e tecnologias e das modalidades de avaliação. Resultados: Foram obtidos, como produtos do estudo, o plano de ensino e o guia do curso. Cada etapa da elaboração dos produtos foi discutida com a literatura pertinente, potencializando os aspectos pedagógicos do curso. Conclusão: O protótipo do curso seguiu padrões da literatura para estruturação de curso EaD, viabilizando potencial pedagógico adequado à realidade dos cursistas do público-alvo.
A formação dos profissionais para o Sistema Único de Saúde ainda é uma preocupação de gestores, instituições de ensino e profissionais, sendo as estratégias de Educação Permanente um recurso para aprimorar a prática profissional. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo realizar a validação de conteúdos e competências na área de anomalias craniofaciais para o desenvolvimento de um curso no modelo ADDIE (análise, desenho, desenvolvimento, implementação e avaliação), na modalidade ensino a distância, para os cirurgiões-dentistas (CD) da Atenção Primária à Saúde (APS). A amostra foi composta por 16 especialistas da equipe multiprofissional de três centros de referência no tratamento das anomalias craniofaciais e utilizou-se o método Delphi para atingir o consenso entre eles. Na análise das respostas, utilizou-se a média, mínima e máxima, como também o percentual de concordância com base no agrupamento das respostas em escala Likert. Após a terceira rodada do Delphi, com 90 a 100% de concordância, os especialistas elencaram 10 conteúdos gerais e 6 específicos, 9 competências gerais e 9 específicas. O desenho do curso sobre anomalias craniofaciais para CD da APS foi obtido por meio da validação de conteúdos e competências por especialistas da área.
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