As organizações sem fins lucrativos têm vindo a reconfigurar-se para uma gestão de qualidade que perfilha a proximidade dos serviços às reais necessidades das pessoas a quem se dirigem. Às suas potencialidades é acrescida a responsabilidade, atribuída nas últimas décadas, de suportar as orientações das políticas públicas. A sua elegibilidade no campo do desenvolvimento social, na concretização de políticas sociais, tornou pertinente um estudo que mostre o modelo de gestão que estas organizações prosseguem. Neste estudo procuramos conhecer o perfil das competências dos gestores das organizações sem fins lucrativos que desempenham esta função, tradicionalmente, em regime de voluntariado. O conhecimento empírico diz-nos que a este tipo de gestão associam-se pessoas cujas formações académicas e profissionais são diversificadas. Coloca-se a questão de saber se a formação académica em gestão de recursos humanos é determinante no sucesso destas organizações.
A presente comunicação pretende enunciar, problematizar e debater alguns dos aspetos mais relevantes que temos encontrado na realização do projeto de investigação «Gestão de Pessoas Nas Organizações Sem Fins Lucrativos: Um projeto-piloto nos concelhos da Póvoa de Varzim e Vila do Conde», sob coordenação científica da Professora Doutora Maria Ester Vaz (NID_RH, ESEIG-IPP). Esta comunicação incidirá sobre a recolha qualitativa de dados efetuado no período de maio a junho de 2011, com a realização de quinze entrevistas seguindo a lógica sugerida por Ghiglione e Matalon (1997: 64-65) – Semi-diretivas – onde «(…) o entrevistador conhece todos os temas sobre os quais tem de obter reações por parte do inquirido (…)», mas por outro lado «(…) a pessoa pode dar uma resposta tão longa quanto desejar. Cabe ao entrevistador obter de forma fluída, contributos pertinentes para a sua investigação.
Com este trabalho, pretendemos identificar os fatores críticos de sucesso que caracterizam os gestores das empresas portuguesas reconhecidas pelo seu êxito em termos de lucros, solidez e sustentabilidade. Procuraremos identificar o perfil atual dos empregadores portugueses e após comparação deste com o dos empregadores que apresentam os tais fatores de sucesso, identificar a lacuna existente entre os conhecimentos e as competências atuais e os conhecimentos e competências desejados. O presente estudo revela que os fatores históricos, culturais e sociais podem influenciar e condicionar o desenvolvimento do potencial e a elevação das competências dos gestores portugueses. Desta forma, terminaremos este estudo na tentativa de identificar as políticas do governo que visam a implementação de ações de mudança social, no sentido de estimularem as atitudes mais adaptadas e orientadas para a melhoria do desempenho dos empreendedores portugueses.
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