Nos últimos cinco anos o Brasil tem convivido com reconfigurações no universo do trabalho. Foram sancionadas leis e reformas que viabilizam a flexibilização e informalidade do trabalhador e, por consequência, fragilizam direitos conquistados através de lutas e de articulações políticas. Os aplicativos de transporte e entrega são uma novidade e ganham força, sendo atualmente um dos principais mecanismos de entrada das juventudes pobres no mercado de trabalho. Este texto objetiva refletir, a partir de dados quantitativos, sobre a maneira como este modelo de trabalho, caracterizado pela flexibilidade e informalidade, alcança as juventudes brasileiras e, ao mesmo tempo, como essas características contribuem para a superexploração do trabalho, engendrando a generalização do neoliberalismo na sociedade. Entendemos que este processo de transformação do trabalho tem sido catalisador para o sofrimento psíquico e o adoecimento de jovens trabalhadores, principalmente aqueles mais vulneráveis.
Em grande parte do mundo ocidental, as uniões consensuais se tornaram cada vez mais comuns na segunda metade do século XX. No Brasil, a proporção de pessoas que vivem em uniões consensuais também aumentou significativamente saltanto de cerca de 7% para 36,4% entre 1970 e 2010, de acordo com os dados do censo. Os estudos sobre nupcialidade costumam se centrar nas características das mulheres inseridas neste tipo de união conjugal. Este projeto inova ao abordar o fenômeno a partir das caracteríscas dos homens casados e em união consensual. O objetivo central do trabalho foi identificar quais características diferenciam os homens casados daqueles em união consensual. O perfil destes dois grupos considerou variáveis como idade, raça-cor, posição no mercado de trabalho e escolaridade. Os dados aqui apresentados são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio de 2015.
Desde a década de 1990, vem crescendo o número de jovens que concluem a educação básica no Brasil. Porém, fatos como a evasão escolar, as reprovações de série e em muitos casos a entrada no mercado de trabalho contribuem para que parte da juventude não consiga finalizar o nível básico, principalmente na etapa do ensino médio. O presente artigo visa fazer uma análise compelida de como o trabalho pode ter influência na conclusão do ensino básico por jovens que se utilizaram do Enem para obterem a certificação do ensino médio e entrar no ensino superior. O artigo utilizou como metodologia a coleta de dados por meio de um questionário online respondido por 29 jovens e entrevistas individuais semiestruturadas com sete jovens respondentes desse questionário. A pesquisa conclui que a frequência no mercado de trabalho esteve presente em boa parte das trajetórias dos jovens entrevistados, principalmente o trabalho informal. Além disso, foi possível notar que assim como o trabalho pode ser grande responsável pela desistência escolar, também pode influenciar na busca da conclusão da escolaridade por esses jovens.
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