Objetivou-se nesse estudo analisar dados de epidemiologia da dengue para o município de Marabá a fim de estabelecer uma análise retrospectiva ao longo dos anos e divulgar as informações para que todos tenham acesso ao conhecimento. O estudo foi realizado na cidade de Marabá, no estado do Pará, com dados referentes aos anos de 2001 a 2017, a partir do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. As variáveis estudadas foram ano da notificação, sexo, faixa etária e raça, com exposição do número de casos por variável. Foram registrados 6.363 casos de dengue no município de Marabá, no período de 2001 a 2017. Nos anos entre 2001 e 2003 ocorreram os maiores números de casos e, em contrapartida, 2004 e 2014 foram os anos com menores incidências. Em relação às notificações de dengue por sexo, não foi observada diferença significativa. Na variável faixa etária, entre 20 a 39 anos, observou-se uma grande incidência durante os anos de 2001 e 2003. Quanto à raça, a mais acometida foi a parda, seguida da raça branca. As raças que apresentaram menores incidências pela dengue foram indígena e amarela. A dengue atua de forma endêmica no município de Marabá se mantendo ao longo dos anos, afetando a população local devido ao alto grau de adaptação do seu vetor e da exposição das pessoas. Se faz necessária a criação de políticas públicas e intervenção das autoridades responsáveis pelo cuidado a saúde das pessoas.
O Complexo do Ver-o-Peso localiza-se na cidade de Belém, Pará, considerado a maior feira livre da América Latina, nele está incluso o Mercado de Ferro, responsável por comercialização de pescados, realizando filetagem e outros tipos de cortes que geram resíduos. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento da geração e destinação dos resíduos de peixes gerados no Mercado de Ferro cidade de Belém, Pará. A coleta de dados foi realizada nos anos de 2015 e 2018, com informações referentes aos resíduos de peixes por meio de formulários aos vendedores do interior do mercado; além de separação e pesagens dos resíduos de peixe em tipo 1 a pele; tipo 2 a carcaça e tipo 3, outros, que engloba nadadeiras, escamas, brânquias, e grude. No ano de 2018 obteve-se 1.845,65 kg de resíduos de peixes em um único dia, sedo a carcaça de peixe, a categoria de resíduo mais recorrente. As demais categorias apresentaram-se baixas e não foram encontrados intestinos, pois os peixes costumam ser eviscerados ainda na embarcação. A maioria dos comerciantes produzem 50 kg ou mais de resíduos diariamente por boxe, sendo a maior parte desses resíduos com destino ao aterro sanitário. A maioria dos comerciantes apresentaram conhecimentos referentes ao uso de resíduos de peixes para a produção de adubo, ração e para a alimentação humana. No Mercado de Ferro do Complexo do Ver-o-Peso, os resíduos mais frequentes são a carcaça, e a quantificação desses resíduos atinge um total superior a uma tonelada e meia por dia.
A espécie Macrobrachium rosenbergii que é popularmente conhecida como camarão-da-malásia, tem como característica a capacidade de se adaptar muito bem em águas doces e salobras que vão desde o noroeste da Índia, Vietnã, Filipinas, Nova Guine até a costa norte da Austrália. A carcinicultura moderna do M. rosenbergii, teve início dos anos 1960, e em 1972 foram elaboradas técnicas de criação em escala comercial. Concomitantemente, aumenta a preocupação com os impactos ambientais e sociais causados pela carcinicultura e com a introdução dessa espécie exótica, que pode ocasionar um desequilíbrio na biota local. O objetivo desse estudo foi realizar um estudo sobre a ocorrência de M. rosenbergii na ilha de Mosqueiro, distrito de Belém, e sua reprodução no ambiente natural. A coleta de dados foi realizada em novembro de 2019, através de uma pesquisa de campo com as comunidades pesqueiras locais, para identificar sua ocorrência in natura na ilha. Após a coleta, realizou-se o processamento dos dados, por meio do software QGIS 3.4.9 para gerar mapas de localização, setorização das informações, e ocorrências do camarão-da-malásia. Por fim, concluiu-se que os camarões estão se reproduzindo na região, as condições de salinidade e temperatura da água podem ser motivos para a adaptação dessa espécie no local. O aumento gradativo do camarão, relatado pelos pescadores locais, vêm evidenciando uma diminuição da pesca do camarão regional podendo gerar desequilíbrios no ecossistema local.
O objetivo do presente trabalho foi realizar um inventário dos pescados comercializados nos mercados públicos da cidade de Belém, Pará, bem como registrar as condições higiênico-sanitárias no interior dos estabelecimentos. Esta pesquisa é de natureza quali-quantitativa, exploratória de campo, transversal, realizada em seis mercados públicos da cidade de Belém, observando principalmente o uso de Equipamentos de Proteção Individual dos manipuladores, os materiais utilizados nas bancadas e tábuas de cortes, o uso de gelo durante a exposição do pescado, o tipo de balança utilizada, além das espécies de peixes comercializadas. As espécies de peixes mais encontradas nos mercados foram Dourada, Pescada Gó e Pescada Amarela. O que mais se observou foi a exposição do pescado para venda diretamente na superfície da bancada, sem a presença de gelo. O material mais comumente utilizado nas bancadas foi o aço inoxidável que está em conformidade com a legislação vigente e o material mais utilizado em nas tábuas de corte foi o polietileno, que está em conformidade com as normas. Observou-se o uso mais frequente de balanças mecânicas em comparação às balanças digitais e, em relação aos manipuladores, foi frequente o uso de roupas brancas. Os mercados públicos de Belém apresentam grande variedade de peixes, com problemas higiênico-sanitários que comprometem a qualidade dos produtos e, consequentemente, a saúde pública. Entender os principais entraves e gargalos que impedem as adequações às legislações, ouvir os principais questionamentos dos manipuladores, referentes às condições de trabalho, conhecimentos técnicos e higiene pessoal, seria importante para se entender as problemáticas atuais.
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