Em âmbito mundial, as doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis pelas principais causas de morte e incapacidade. Entre essas, encontram-se as de maior importância para a saúde pública, as doenças cardiovasculares. Tendo em vista que a capacidade de resiliência e a Qualidade de Vida são construtos relevantes a serem considerados em pacientes internados em ambiente hospitalar, o presente estudo objetiva verificar como se apresentam esses conceitos em indivíduos que realizaram cirurgia de revascularização do miocárdio e/ou cirurgia de válvula em uma instituição hospitalar. Para tanto, foi realizada uma pesquisa transversal na qual foram aplicados um questionário sociodemográfico, o questionário de qualidade de vida SF-12 e uma escala de resiliência. Participaram desse estudo 37 pacientes, maioria do sexo masculino, submetidos à primeira intervenção cirúrgica. Observou-se uma média de 37,3 pontos (dp ±4,4) e 43,3 (dp±7,6) nos componentes físico e mental da escala de Qualidade de Vida SF-12, respectivamente. Já a escala de Resiliência aplicada revelou média de 131 (dp±31). Verificou-se uma correlação direta fraca entre o componente físico da qualidade de vida com o escore de resiliência (r=0,386, p=0,02), o que sugere tendência positiva entre tais conceitos.
Background: There is few data evaluating the prevalence and influence of adverse psychological characteristics on the prognosis of individuals submitted to percutaneous coronary interventions. No study has addressed this issue in Brazil.
Introdução: a doença arterial coronariana está entre as principais causas de mortalidade, exigindo intervenções em todos os níveis de atenção à saúde. O conceito de resiliência contribui para o conhecimento dos fatores que permitem ao paciente desenvolver condições emocionais sadias para superar as adversidades, como as limitações da doença crônica, adaptando-se sem que isso lhe cause maiores danos. Objetivos: investigar os escores de resiliência e depressão dos pacientes que sofreram o primeiro infarto agudo do miocárdio e que estavam em tratamento multiprofissional em nível de atenção secundária em hospital especializado em cardiologia. Métodos: estudo transversal. Amostra: 102 pacientes. Protocolo: questionário que investigou a situação sociodemográfica, fatores de risco para cardiopatia e questões emocionais; escala de resiliência; e inventário de depressão de Beck. Análise estatística: frequência absoluta e relativa; média e desvio padrão; coeficiente de correlação de Pearson. Resultados: predominância do sexo masculino (69,6%), idade média de 60,18 anos (±11,26), casado (75,5%), ensino fundamental incompleto (49%) e aposentado (42,2%). Os escores de resiliência oscilaram entre 103 e 175 pontos (147,36 ± 15,18), e os escores de depressão variaram entre 0 e 55 pontos (8,96 ± 9,09), havendo correlação significativa inversa entre eles (r = -0,239; p = 0,015). Observou-se que 60,8% têm resiliência alta e 72,5% têm escore mínimo de depressão. Conclusões: há um fator de proteção alto e um fator emocional de risco baixo, condições ideais para o desenvolvimento da capacidade de enfrentar a doença e suas limitações. Faz-se urgente achar o equilíbrio nas intervenções da equipe multiprofissional, promovendo fatores protetores e amenizando fatores de risco.Palavras-chave: resiliência psicológica; depressão; doença cardíaca coronária.
Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de genitores doadores e não-doadores de rim e os aspectos biopsicossociais envolvidos no transplante renal de pacientes pediátricos. Métodos: Estudo seccional-transversal, a amostra foi composta por 61 genitores de pacientes transplantados que fazem acompanhamento regular no ambulatório de nefrologia pediátrica do HSL/PUC-RS, sendo 15 doadores e 46 não-doadores, acompanhados por seis meses. Os entrevistados responderam a dois questionários elaborados pelos autores e ao questionário SF-36. A análise estatística foi realizada através das tabelas de contingências, teste qui-quadrado, Mann-Whitney e Monte Carlo para obter a significância de 5% do qui-quadrado. Resultados: A qualidade de vida de doadores e não-doadores apresentaram as seguintes medianas nos oito domínios do SF 36: Capacidade Funcional 92/90; Aspecto Físico 100/100; Dor 72/72; Estado Geral de Saúde 89/82; Vitalidade 60/65; Aspecto Social 100/87; Aspecto Emocional 100/100 e Saúde Mental 68/68. Não houve diferença significativa entre a qualidade de vida de doadores e não-doadores. Conclusão: Não houve diferença entre a qualidade de vida de doadores de rim e não-doadores, o que não exclui a necessidade de se estabelecer programas que estimulem a doação intervivos.
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